Perdas pós-colheita de frutas em diferentes segmentos comerciais de Teresina, (PI).

Abstract

No Brasil, as perdas pós-colheita de hortifrútis representam alto custo ao setor varejista, não obstante há escassez de levantamentos para o Piauí, especialmente em diferentes segmentos comerciais de Teresina, estado do Piauí, brasil. Diante do exposto, objetivou-se realizar um levantamento do perfil socioeconômico, cenário de comercialização e perdas pós-colheita de frutas em diferentes segmentoscomerciais(supermercados, Ceasa, feiras livres) de Teresina, PI.Para isto, utilizou-se um questionário que abrangeu aspectos socioeconômicos, de comercialização, armazenamento e perdas pós-colheita de frutas.Aestimativa de perdas relativas ocorreu por uma relação entre o volume ofertado e o vendido, para cada fruta analisada. Os resultados foram expressos em porcentagem. O perfil socioeconômico apresenta como características principais, escolaridade de ensino médio completo; conhecimento técnico de produção, gestão e comercialização médio; renda mensal de 1 a 2salários mínimos; interesse positivo em capacitação. Ocenário de comercialização apresenta tempo de exposição de 1 a 5 dias, armazenamento pouco empregado, transporte em vias asfaltadas através de caminhões com lona e frutas originárias deoutros estados, principalmente oCeará. Os supermercados ofertam entre 157,60 (ameixa) e 2.450,00 kg de banana semana-1; Ceasa, 4,10 (ameixa) e 364,25 kg semana-1(banana); feiras livres, 2,53 (ameixa) e 451,00 kg semana-1(banana). As feiras livres apresentam maior magnitude de perdas classificadas como altas (90,91%), seguidas pelos supermercados (63,64%) e Ceasa (45,45%). Para frutas climatéricas, mamão ‘formosa’ é o mais perdido nos supermercados (15,77%), ao passo que abacate na Ceasa (15,35%) e goiaba nas feiras livres (37,06%). Entre as frutas não-climatéricas, a uva verde é a mais perdida, com destaque à ocorrência em feiras livres (25,90%).