Níveis de lisina digestível da ração sobre as características corporais de juvenis de tambaqui

Abstract

Objetivou-se avaliar os efeitos dos níveis dietéticos de lisina digestível sobre as características corporais de juvenis de tambaqui. Foram utilizados 360 juvenis de tambaqui com peso corporal inicial em torno de 25,05 ± 0,27 gramas, em delineamento inteiramente casualizado, constituído por seis tratamentos, seis repetições por tratamento e dez peixes por parcela. Os tratamentos foram constituídos de seis rações com diferentes níveis de lisina digestível (1,20; 1,38; 1,56; 1,74; 1,92; e 2,10%) formuladas utilizando a técnica da diluição das dietas. Os peixes foram distribuídos em 36 caixas de polietileno (aquários), durante 50 dias. As rações experimentais foram peletizadas e fornecidas diariamente ad libitum em seis refeições diárias. Avaliou-se a composição corporal, as taxas de deposição diária de proteína, gordura e cinzas corporais, e a eficiência de retenção de nitrogênio. A elevação dietética dos níveis de lisina digestível reduziu de forma linear o consumo de ração e aumentou de forma linear o consumo de lisina digestível. Houve redução de forma linear nos teores de proteína e gordura, e redução de forma quadrática no teor de cinzas corporais. As reduções nos teores de proteína foram evidenciadas a partir de 1,56% de lisina digestível. A eficiência de retenção de nitrogênio não foi afetada pelos tratamentos. Por outro lado, as deposições diárias de proteína, gordura e cinzas corporais reduziram de forma linear, indicando que o menor nível (1,20%) foi suficiente para proporcionar maiores deposições sem afetar a eficiência de retenção de nitrogênio. As reduções nas deposições diárias de proteína e gordura corporais foram evidenciadas a partir dos níveis 1,92% e 1,56% de lisina digestível, respectivamente. Recomenda-se o uso de 1,56% de lisina digestível em rações para juvenis de tambaqui para proporcionar maior deposição de proteína, gordura e cinzas corporais e menor consumo de ração.