Atividade larvicida do óleo essencial de Hymenaea courbaril L. (Jatobá) frente ao Aedes aegypti

Abstract

Este estudo objetivou caracterizar físico-quimicamente, quantificar o teor de fenólicos totais, avaliar a toxicidade e a atividade larvicida do óleo essencial (OE) extraído das cascas do fruto de Hymenaea coubaril L. Foram utilizadas 597,5 g das cascas do fruto previamente secas em estufa de secagem de ar convectiva a 45 °C por 24h. Para extração do OE foi utilizada a técnica de hidrodestilação em um sistema extrator de Clevenger modificado. Os parâmetros físico-químicos foram realizados de acordo com a 5ª edição Farmacopeia Brasileira. O teor de fenólicos totais foi quantificado conforme a metodologia de Folin-Ciocalteu. Para o ensaio de toxicidade do OE foi utilizado o bioensaio de Artemia salina Leach para determinação da CL50 com classificação através de Dollabela. Para atividade larvicida submeteu-se larvas de Aedes aegypti a soluções do óleo essencial em concentrações de 10-100 mg L-1, onde avaliou-se a mortalidade das larvas e determinou-se a CL50 a partir do método de Reed Muech. Através da extração obteve-se um rendimento de 0,46% (m/m) do OE. No ensaio de Folin-Ciocalteu foi possível quantificar o teor de fenólicos totais em 490,4 mg EAT g-1. A CL50 para o ensaio de toxicidade foi quantificada em 354,8 mg L-1 sendo considerado atóxico pelo critério adotado. Observou-se ação do OE como larvicida onde foi determinada a CL50 de 16,6 mg L-1, sendo considerada eficiente de acordo com Cheng, que considera bons agentes larvicida CL50 inferior a 100 mg L-1. Os resultados obtidos permitiram concluir que o OE estudado apresentou atividade larvicida eficiente contra as larvas de Aedes aegypti, sendo importante e incentivado seu uso e aplicação.