Avaliação cromatográfica dos metabólitos secundários e análise da atividade antioxidante de espécies de sojas transgênicas e não transgênicas

Abstract

A soja é uma das culturas mais cultivadas e consumidas atualmente, sendo o Brasil um dos seus maiores produtores mundiais. Tal aumento no consumo tem levantado importantes questionamentos sobre a sua parcela transgênica e sua larga utilização nos dias de hoje. Dessa forma decidiu-se avaliar a atividade antioxidante, pelos métodos DPPH e ABTS, das espécies de soja não transgênica BRS Sambaíba e BRS Pérola em comparação com a espécie transgênica BRS 279 RR, e seus metabólitos secundários por meio de análises cromatográficas (Cromatografia Liquida de Alta Eficiência – CLAE e Cromatografia Gasosa acoplado a Espectrometria de Massa - CG-EM). Pela CLAE, notou-se que as espécies possuíam vários aspectos em comum, porém em alguns tempos de eluição houve divergências entre os cromatogramas analisados, sugerindo a presença de diferentes metabólitos. No CG-EM, obteve-se diferenças significativas nos picos presentes em maior concentração na espécie BRS Pérola e em pouca concentração na espécie BRS Sambaíba. Os cromatogramas obtidos no CG-EM também trouxeram evidências de alterações entre as espécies não transgênicas e a transgênica que, quando avaliados na biblioteca de massas do equipamento, evidenciaram serem compostos derivados dos ácidos hexadecanóico e 9,12-octadecadienoico, sendo possível, assim, supor que a transgenia influenciou na quantidade desses ácidos, podendo afetar a qualidade dos produtos obtidos a partir da sua soja. Por meio dos métodos de DPPH e ABTS observou-se uma diferença significativa (p < 0,05) com discrepância na faixa de 12 a 15% na atividade antioxidante ao se comparar as espécies de sojas transgênicas e as não transgênicas, podendo significar uma alteração entre as culturas analisadas.