A importância da literatura infantil para a construção identitária das meninas negras

Abstract

A Literatura infantil é de suma importância na construção de conhecimentos e desenvolvimento do processo de alfabetização e letramento, pois é por meio do ensino literário que a criança começa a despertar a sua imaginação, ela faz uma junção com a história contada e a sua realidade vivenciada. Nesse sentido, o presente trabalho objetiva analisar três livros de literatura infantil ―Menina bonita do laço de fita‖ da autora Ana Maria Machado, (1986), ‖Meninas negras‖ da autora Madu Costa (2010) e ‖Cabelo ruim?‖ da autora Neusa Baptista (2010), com o intuito de refletir acerca da representatividade da menina negra na literatura infantil. Os livros citados vão fazer uma reflexão sobre como as meninas negras são representadas dentro da literatura infantil, a cor da pele, a importância da literatura infantil afro- brasileira e africana na construção de identidade do alunado. Os livros escolhidos das autoras mencionados são escritos por mulheres negras no qual trazem um contexto histórico nos ensinar os costumes e a cultura de meninas negras. Nesse sentido a metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, utilizando as autoras e os livros já citados. A partir das leituras, foi possível perceber que a literatura é relevante para a formação de um cidadão critico, assim como, auxilia no desenvolvimento social e construção identitária da criança. A análise dos livros também trás uma reflexão sobre uma literatura infantil que colabora na construção identitária da criança negra, pois é dentro da sala de aula que a criança negra começa a se sentir valorizada, respeitada e a aceitação de si própria da sua cor, sua cultura, cabelo crespo, e seus costumes, também permite que as crianças de cor diferente reflitam sobre o respeito, as ações preconceituosas. Diante disso utilizou-se como embasamento teórico alguns autores entre eles Roger Chatier (1991), Domício Proença (2004), Nelly Coelho (1991), Manuel Castells (2008) e Ruth Barreiros (2011).