Práticas integrativas e complementares na relação com a Psicologia: um olhar transpessoal

Abstract

RESUMO As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) caracterizam-se por serem práticas não alopáticas e não invasivas, que têm como objetivo a estimulação de mecanismos naturais no cuidado em saúde, apresentando-se como um fenômeno em ascensão no Brasil, enquanto política pública, devido à ausência de efeitos colaterais, além do custo-benefício, e de sua visão holística e particular do processo saúde-doença. Esse crescimento gera debates entre profissionais da área da saúde sobre o desenvolvimento e a forma de aplicação referente a essas práticas. Perante estes aspectos, o presente estudo, realizado através da revisão sistemática de literatura com viés transpessoal, de forma qualitativa, dedicou-se à análise das relações existentes entre Psicologia e PICs, além de sua disponibilidade e peculiaridades como uma política pública oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com os aspectos discutidos neste trabalho, observou-se que as PICs mostram resultados significativos, enquanto cuidados paliativos, na cura, tratamento de doenças e na contribuição do bemestar biopsicossocial do ser humano. Além disso, concluiu-se que apesar de terem visões e objetivos em comum, a Psicologia e as PICs possuem técnicas distintas, sendo assim, fica estabelecida uma fronteira onde cada uma deve ser executada em momentos e ambientes diferentes, mesmo que desenvolvidas por um só profissional. ____ ABSTRACT Being non-allopathic and non-invasive practices are the main characteristics of Integrative and Complementary Practices. These therapies aim to stimulate natural mechanisms in health care, presenting themselves as a phenomenon on the rise in Brazil, as a public policy, due to the absence of side effects. The costbenefit and its holistic and particular view of the health-disease process are also positive sides. This growth generates debates among health professionals about the development and the form of application related to these practices. Considering these aspects, the present study dedicated itself to the analysis of the existing relationships between Psychology and PICs, in addition to their availability and peculiarities as a public policy offered by the Unified System of Health (SUS). This work uses a systematic review of the literature with a transpersonal point of view in a qualitative way. According to the aspects discussed in this work, the PICs show significant results, as palliative care, in the cure, treatment of diseases, and in the contribution of the biopsychosocial wellbeing of the human being. Besides, this work can conclude that despite having common visions and objectives, Psychology and PICs have different techniques. Therefore, a border established itself where each one must be executed at different times and environments, even if developed by only one professional.