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http://hdl.handle.net/123456789/4613
Título: | Estresse precoce e funções executivas em crianças institucionalizadas: estudos de caso |
Título(s) alternativo(s): | Early stress and executive functions in institutionalized children: case studies |
Autor(es): | LIMA, Rayssa Ricelle Sena |
Palavras-chave: | Estresse precoce Funções executivas Infância Acolhimento institucional Early stress Executive functions Childhood Orphanage |
Data do documento: | 14-Dez-2020 |
Editor: | Universidade Federal do Maranhão |
Resumo: | RESUMO Por tornar-se um fragmento do senso comum, a definição do termo “estresse” é atualmente encontrada de formas distintas, mas assume-se como descrição geral ser uma condição produzida por estímulos que causam excitação emocional e levam ao desequilíbrio da homeostasia (o que pode ser algo saudável, em termos de adaptação ao meio, ou gerar distúrbios físicos e/ou psicológicos). Ele também pode ser vivido na infância – ao que chamamos de estresse precoce (EP) – podendo gerar prejuízos ao indivíduo que o vivencia ainda no início da vida, a depender dos seguintes elementos: tempo, qualidade, gravidade e duração. Dentre os possíveis malefícios causados pelo EP, questionasse: crianças institucionalizadas que foram expostas a situações recorrentes de EP, podem vir a ter algum prejuízo significativo às suas funções executivas (FE) (processos cognitivos interligados ao comportamento intencional e responsáveis pela adaptação do indivíduo aos diversos contextos)? Considerando-se o EP como indicador de alerta para déficits nas FE, o presente estudo buscou analisar se haveria essa possibilidade comparando os resultados de crianças institucionalizadas com os de crianças não institucionalizadas de estudos similares. Participaram da pesquisa três crianças de uma instituição de acolhimento de São Luís (Maranhão) com idades de 7 e 10 anos, que responderam ao Roteiro de Entrevista Estruturada, ao Inventário de Eventos Estressores na Infância e Adolescência (IEEIA), ao Teste dos Cinco Dígitos (FDT), a tarefa Geração Aleatória de Números (GAN) e ao Teste de Hayling Infantil (THI). Os dados foram comparados à média do grupo controle de cada instrumento e analisados quanti e qualitativamente para verificar se as crianças haviam vivenciado EP e, diante disso, quais os prejuízos adquiridos nas FE. Os resultados apontam ligação entre o EP e as FE para esses estudos de caso. Quando feitas as análises, os resultados mostraram que, para além da frequência de eventos estressores pelos quais já passaram, as crianças demonstraram terem sido fortemente impactadas por tais acontecimentos. Os demais testes apontaram alguns déficits e alertas de déficits em diversos domínios das FE, obtendo, para a maioria, percentis no intervalo de 25 e 5 (considerados como dificuldades discretas, segundo os manuais). Ainda, a participante que apresentou menor nível de estresse, foi também quem menos apresentou dificuldades em suas FE nos resultados obtidos. Conclui-se que, embora a frequência de eventos estressores vivenciados pelos participantes tenha ficado dentro da média, o tipo de estressor e impacto atribuído ao evento foi diferenciado; e que o EP vivenciado por elas prejudicou (ou retardou) o desenvolvimento das FE pela ausência de suporte socioafetivo e/ou habilidade de autorregulagem. Sugere-se que estudos futuros incorporem a avaliação de respostas visuoespaciais (memória de trabalho) e salienta-se para novas possibilidades de pesquisa para a temática. ____ ABSTRACT As it becomes a fragment of common sense, the definition of the term “stress” is currently found in different ways, but as a general description, it can be considered as a condition generated by stimuli that cause emotional excitement and lead to the imbalance of homeostasis (which can be something healthy, in terms of adaptation to the environment, or generate physical and / or psychological disorders). It can also be experienced in childhood - what we call early stress (ES) - and it can cause harm to the individual who experiences it early in life, depending on the following elements: time, quality, severity and duration. Among the possible harm caused by PE, ask: institutionalized children who were exposed to recurrent PE situations, may have some significant damage to their executive functions (EF) (cognitive processes linked to intentional behavior and responsible for the individual's adaptation to different contexts)? Considering the EP as a warning indicator for deficits in EF, the present study sought to analyze whether this possibility would exist by comparing the results of institutionalized children with those of non-institutionalized children from similar studies. Three children from a foster care institution in São Luís (Maranhão) aged between 7 and 10 years participated in the research, who answered a Structured Interview Guide, the Inventory of Stressful Events in Childhood and Adolescence (IEEIA), the Five Digit Test (FDT), the Random Number Generation (GAN) task and the Child Hayling Test (THI). The data were compared to the average of the control group for each instrument and analyzed quantitatively and qualitatively to verify whether the children had experienced PE and, in view of that, what losses were acquired in the EF. The results point to a link between PE and EF for these case studies. When the analyzes were made, the results showed that, in addition to the frequency of stressful events that they have already been through, the children demonstrated that they were strongly impacted by the events. The other tests pointed out some deficits and deficit alerts in several domains of EF, obtaining, for the most part, percentiles in the range of 25 and 5 (considered as discrete difficulties, according to the manuals). Still, the participant who had the lowest level of stress was also the one who had less difficulties in her EF in the results obtained. It is concluded that, although the frequency of stressful events experienced by the participants was within the average, the type of stressor and impact attributed to the event was different; and that the ES experienced by them impaired (or delayed) the development of EF due to the lack of socio-affective support and/or ability to self-regulate. It is suggested that future studies incorporate the assessment of visuospatial responses (working memory) and it points out new research possibilities for the theme. |
URI: | http://hdl.handle.net/123456789/4613 |
Aparece nas coleções: | TCCs de Graduação em Psicologia do Campus do Bacanga |
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