Comportamento sexual e uso de métodos contraceptivos por universitários de uma instituição pública de ensino superior no estado do Maranhão

Abstract

A sexualidade se desenvolve durante toda a vida, sendo inicialmente bastante influenciada pelos pais. Na adolescência, a sexualidade passa a ser finalmente realizada e a se estender para outras pessoas, sofrendo menor influência dos pais à medida que aumenta a influência dos amigos. Na juventude, são adquiridas maiores responsabilidades e maior liberdade, por vezes acompanhada de comportamento de risco ao vivenciar mais amplamente sua sexualidade. Também nesse momento, grande parte dos universitários ingressa no curso. Este estudo, transversal, descritivo e quantitativo, objetivou analisar o comportamento sexual dos universitários de dois cursos de áreas diferentes (Medicina e Comunicação Social) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Imperatriz. Os dados foram obtidos através de 146 formulários completamente preenchidos que contemplaram aspectos sóciodemográficos e econômicos, epidemiológicos e de comportamento. Tal coleta de respostas ocorreu entre os meses de junho e de novembro de 2018. Os dados foram cadastrados em banco de dados no Microsoft Excel (2013) e analisados no software Epi Info (7.0), sendo aplicados o teste do qui-quadrado e o Teste exato de Fisher, além do Odds Ratio, Foi considerada significância de 5% (p<0,05). O estudo teve aprovação da Comissão de Ética e Bioética da Faculdade de Imperatriz (COEB). Foi predominante a participação do curso de Medicina (82%). A idade média dos estudantes foi de 23,2 anos, com 42% da classe C, manifestação de fé predominantemente católica (53%) e 85% com orientação exclusivamente heterossexual. 77% dos estudantes afirmaram que seus conhecimentos sobre ISTs e métodos contraceptivos melhoraram após ingresso na universidade e apenas 9% utilizam fontes de informação não confiáveis sobre tais assuntos. 87% afirmaram que se preocupam com a possibilidade de contrair uma IST e 73% já fizeram algum teste de detecção de IST. 42% fazem uso de álcool frequentemente e 40% já se expuseram a alguma situação de risco sexual após utilizar álcool e/ou drogas ilícitas. Os estudantes de Medicina realizam mais testes de detecção de ISTs, há baixa incidência de ISTs e alta prevalência de comportamento de risco. Este estudo foi inédito na cidade e novas estratégias de saúde voltadas ao público jovem parecem se fazer necessárias.___ABSTRACT Sexuality develops throughout life, being initially quite influenced by parents. In adolescence, sexuality is finally realized and extended to other people, suffering less influence from parents as the influence of friends increases. In youth, greater responsibilities are acquired and greater freedom, sometimes accompanied by risk behavior when experiencing more broadly their sexuality. Also at this time, most of the university students enter the course. This transversal, descriptive and quantitative study aimed to analyze the sexual behavior of university students from two different courses (Medicine and Social Communication) of the Federal University of Maranhão (UFMA), Imperatriz. The data were obtained through 146 completed forms that included sociodemographic, economic, epidemiological and behavioral aspects. Such collection of responses occurred between the months of June and November 2018. The data were registered in a database in Excel Microsoft (2013) and analyzed in the Epi Info software (7.0). The chi-square test and the Fisher's exact test were applied in addition to the Odds Ratio. A significance of 5% (p <0.05). The study was approved by the Ethics and Bioethics Commission of the Faculty of Imperatriz (COEB). The participation of the Medicine course was predominant (82%). The mean age of the students was 23.2 years, with 42% of class C, manifestation of predominantly Catholic faith (53%) and 85% with exclusively heterosexual orientation. 77% of students stated that their knowledge of STIs and contraceptive methods improved after university admission and only 9% used unreliable sources of information on such subjects. 87% stated that they worry about the possibility of contracting an STI and 73% have already done some STI detection. 42% use alcohol frequently and 40% have already been exposed to any sexual risk situation after using alcohol and / or illicit drugs. Medical students perform further testing for STIs, there is a low incidence of STIs and a high prevalence of risk behavior. This study was unpublished in the city and new health strategies aimed at young people seem to be necessary.