Conhecimento dos acadêmicos de medicina sobre o câncer de colo de útero e conduta frente aos resultados da colpocitologia oncótica

Abstract

RESUMO Objetivo: Avaliar o conhecimento e atitude dos acadêmicos de medicina sobre o câncer de colo de útero e colpocitologia oncótica. Métodos: Os discentes (n=126) foram divididos em dois grupos: G1, com alunos dos quinto e sexto períodos (n=46); e G2, internato (n=80). Um questionário foi aplicado com a finalidade de avaliar e comparar o entendimento dos grupos acerca dos fatores de risco, sinais e sintomas do câncer cervicouterino, atitudes perante o exame citopatológico e a autopercepção do ensino-aprendizagem das doenças neoplasias na faculdade. A análise dos dados foi feita pelo teste do Qui-Quadrado de Pearson, com p significativo inferior a 0,05. Resultados: Os acadêmicos do internato demonstraram uma compressão maior em relação aos sinais e sintomas, visto que 87,5% de G2, contra 67,4% de G1, afirmaram que metrorragia e dor pélvica podem ser indícios da doença (p=0,006), bem como dispareunia e sangramentos durante o ato sexual (91,1% G2 versus 78,3% G1; p=0,043). Diante de um Papanicolau com diagnóstico de LSIL (Lesão de Baixo Grau), somente 28,3% de G1 solicitariam a repetição do exame em 6 meses, enquanto 53,7% de G2 seguiriam essa conduta (p=0,012). A maioria dos estudantes (45,2%) considera insuficiente a abordagem dos conteúdos sobre o câncer na faculdade e se sente parcialmente preparada (49,2%) para atuar no controle da doença. Conclusão: Apesar do maior conhecimento apresentado pelos alunos do internato, este aumento foi pouco significativo em relação a G1, reforçando a necessidade de aprimorar o ensino direcionado para o câncer no currículo médico acadêmico.__ABSTRACT Objective: To assess the knowledge and attitudes of medical students on cervical cancer and Pap smear. Methods: The students were split into two groups: G1, with 46 from the third-year, and G2, comprising 80 medical interns. A questionnaire was used to evaluate both groups' understanding of risk factors and symptoms of cervical cancer, attitudes towards the Pap Test and their self-perception of cancer teaching at medical school. Chi-square test was used to analyze and compare the results from both groups, with p-value significance set at 0.05. Results: G2 students had a higher compression regarding to signs and symptoms, given that 91.1% of G2 and 78.3% of G1 stated that dyspareunia and bleeding during sex intercourse may be signs of cervical cancer (p = 0.043), as well as metrorrhagia and pelvic pain (87.5%/G2 versus 67.4%/G1, p=0.006). If a Pap smear shows LSIL in women aged over 25, only 28.3% of G1 would recommend a 6-month re-test, whilst 53.7% of G2 would do it (p = 0.012). The majority of the students (45.2%) find the incorporation of oncology related concepts to be insufficient at school, and 49,2% of them feel that they will be partially prepared, as physicians, to provide care, prevention and control of this disease. Conclusion: Despite a higher knowledge score among internal students, the increase in their understanding over time was not significant when compared to third-year students, which emphasizes the need for the approach and integration of oncology in medical institutions’ curriculum to be improved.