Efetividade do inseticida pyriproxyfen no controle de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae) em condição de laboratório e semi-campo

Abstract

O objetivo desse estudo foi avaliar a efetividade do inseticida pyriproxyfen no controle de Aedes aegypti em condições de laboratório e semi-campo. Foram realizados bioensaios com todos os ínstares larvais e com estágio de pupa de A. aegypti em condição de laboratório, nos quais foram testadas a concentração de uso do inseticida pyriproxyfen, a dose de 0,01mg/L, de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram realizados também bioensaios com em condição de semi-campo, com a utilização de larvas de terceiro ínstar, segundo a recomendação da OMS. Nos testes de semi-campo foram utilizados 10 baldes de plásticos, dos quais cinco foram tratados com larvicidas e cinco foram utilizados como controle e, todos foram mantidos protegido das condições ambientais. As leituras de sobrevivência foram realizadas diariamente até a mortalidade ou emergência do último indivíduo. Os resultados demonstram que o pyriproxyfen é eficaz contra as formas imaturas do A. aegypti, pois em laboratório registrou-se percentual de emergência de adulto entre 0% e 0,67% para os experimentos os estágios inicias (L1, L2 e L3), sendo o maior o índice de emergência nos tratamentos com larvas L4 e pupa, para os quais obteve-se 1,67% e 1,33% respectivamente. Esses valores refletem em índice de inibição (IE%) acima de 98%. Em laboratório, o prolongamento do estágio larval durou em média 20 dias, com redução somente no experimento com L4 e pupas. Em semi-campo, o índice de emergência foi 2,5%, correspondendo a IE% de 97,5%, e o experimento durou em média oito dias. Considerando a dose recomenada pela OMS, o pyriproxyfen mostrou-se eficaz contra as formas imaturas de A. aegypti, uma vez que atou inibindo o desenvolvimento de características adultas, prolongando o aspecto imaturo, o que foi observado em condição de laboratório e semi-campo. ____ ABSTRACT The objective of this study was to evaluate the effectiveness of the insecticide pyriproxyfen in the control of Aedes aegypti under laboratory and semi-field conditions. Bioassays were performed with all larval ínstars and pupae stage of A. aegypti under laboratory conditions, in which the concentration of use of the insecticide pyriproxyfen at a dose of 0.01mg /L was tested, according to the recommendation of the World Health Organization (WHO). Semi-field bioassays were also performed using third-ínstar larvae, as recommended by WHO. In the semi-field tests, 10 plastic containers were used, five of which were treated with larvicides and five were used as control and all were kept protected from environmental conditions. Survival readings were taken daily until the last individual died or emerged. The results show that pyriproxyfen is effective against the immature forms of A. aegypti, since in the laboratory there was an adult emergence percentage between 0% and 0.67% for the experiments the early stages (L1, L2 and L3), being the highest the emergence rate in treatments with larvae L4 and pupa, for which 1.67% and 1.33% respectively. These values reflect inhibition rates (IE%) above 98%. In the laboratory, the larval stage prolongation lasted an average of 20 days, with reduction only in the experiment with L4 and pupae. In semi-field, the emergency rate was 2.5%, corresponding to IE% of 97.5%, and the experiment lasted an average of eight days. Considering the WHO-recommended dose, pyriproxyfen was effective against the immature forms of A. aegypti as it inhibited the development of adult characteristics, prolonging the immature aspect, which was observed under laboratory and semi-field conditions.