Avaliação da qualidade de vida dos discentes de medicina da Universidade Federal do Maranhão, campus Imperatriz

Abstract

RESUMO OBJETIVO: Correlacionar a qualidade de vida com características sociais e demográficas e de saúde de discentes de Medicina de uma Universidade do interior do Maranhão. MÉTODOS: Pesquisa transversal, descritiva, exploratória e com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por 192 estudantes de medicina, sendo selecionados por livre demanda, porém seguindo critérios de inclusão e exclusão. Para a coleta de dados utilizou-se um questionário de identificação social e demográfica, características acadêmicas e o WHOQOL-Bref, validado no Brasil. Os dados coletados foram armazenados no Microsoft Excel versão 2016 e realizou-se testes de normalidade de Shapiro-Wilk e testes de homogeneidade de variância de Bartlett. RESULTADOS: A amostra foi composta, principalmente, por homens (53,1%) entre 17 e 28 anos (85,9%), com maioria autodeclarados pardos (55,7%) e estado civil solteiro (89,6%). Foi prevalente a religião católica (53,1%), com naturalidade predominante de outros Estados brasileiros (68,2%) e com renda familiar acima de 5 salários mínimos. Quanto à idade dos acadêmicos, os jovens tendem a ter piores qualidades de vida em todos os domínios. Quem mora com pai/mãe/irmãos tem pior qualidade de vida no domínio físico e quem mora sozinho tem pior qualidade de vida nas relações sociais. Alunos com renda familiar acima de 5 salários mínimos apresentam melhor qualidade de vida em todos os domínios. Os alunos que entraram na Universidade por meio de cotas e rendimento acadêmico insatisfatório ou regular têm piores qualidade de vida. CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo indicaram haver correlações entre características sociais e demográficas com a qualidade de vida dos discentes.__ABSTRACT OBJECTIVE: To correlate the quality of life with social, demographic and health characteristics of medical students of a University of the interior of Maranhão. METHODS: Cross-sectional, descriptive, exploratory research with a quantitative approach. The sample consisted of 192 medical students, being selected for free demand, but following inclusion and exclusion criteria. To collect data, a social and demographic identification questionnaire, academic characteristics and WHOQOL Bref, validated in Brazil, were used. The collected data were stored in Microsoft Excel version 2016 and tests of normality of Shapiro-Wilk and tests of homogeneity of variance of Bartlett were performed. RESULTS: The sample consisted mainly of men (53.1%) between 17 and 28 years old (85.9%), predominantly self-declared browns (55.7%), with single marital status (89.6%). The predominant religion was the Catholic religion (53.1%), predominantly from other Brazilian states (68.2%) and with a family income above 5 minimum wages. As for the age of academics, young people tend to have worse qualities of life in all domains. Those who lives siblings have poorer quality of life in the physical domain and those who live alone have worse quality of life in social relations. Students with family income above 5 minimum wages have a better quality of life in all domains. Students who entered the university through quotas and unsatisfactory or regular academic performance have worse quality of life. CONCLUSIONS: The results of this study indicated that there are correlations between social and demographic characteristics with the quality of life of the students.