Impacto do ambiente domiciliar como influenciador do histórico alergênico pessoal

Abstract

RESUMO Objetivos. Analisar a influência dos fatores ambientais e componentes epigenéticos no desenvolvimento das atopias em uma população de adolescentes. Métodos. É um estudo observacional, quantitativo, analítico e transversal. Foi realizada a aplicação do instrumento de pesquisa em 10 escolas da cidade de Imperatriz - MA, incluindo públicas e privadas das zonas urbana e rural, resultando em um total de 154 participantes de 13 a 18 anos. Resultados. A maioria foi de adolescentes de 16 a 18 anos (54,5%). Do total, 105 são moradores de zona urbana (68,2%) e 49 de zona rural (31,8%). Houve prevalência de moradores de casa de alvenaria (85,1%). Observou-se a prevalência de alergias respiratórias (rinite alérgica e asma brônquica) entre os moradores de zona rural (73,5%), porém também presente em 65,4% do total de moradores da zona urbana (p=0,031). Alergia alimentar foi presente em 30,3% dos participantes, em que os alimentos mais envolvidos foram: leite (32%), crustáceos (24%) e alimentos com glúten (12%). Ainda, 34,9% confirmaram ter alguma reação dermatológica ao entrar em contato com algum inseto ou determinado produto. Daqueles que possuíam contato com o ambiente externo na infância, 82,7% possuem alergia respiratória (p=0,044), 76,1% alergia alimentar (p=0,025) e 81,1% alergia de pele, porém este último com valor de p não significativo. Conclusão. Afirma-se a importância da avaliação da sintomatologia do paciente alérgico e dos fatores que envolvem o ambiente de convívio para uma ampla análise e posterior tratamento, tanto da queixa de base quanto dos elementos predisponentes e influenciadores.___ABSTRACT Aim. To analyze the influence of environmental factors and epigenetic components on the development of atopy in a population of adolescents. Methods. It is an observational, quantitative, analytical and cross-sectional study. The research instrument was applied to 10 schools in the city of Imperatriz - MA, including public and private schools in urban and rural areas, resulting in a total of 154 participants from 13 to 18 years old. Results. Most were adolescents aged 16 to 18 years (54.5%). Of the total, 105 are urban dwellers (68.2%) and 49 rural dwellers (31.8%). There was a prevalence of masonry dwellers (85.1%). The prevalence of respiratory allergies (allergic rhinitis and bronchial asthma) was observed among rural dwellers (73.5%), but also present in 65.4% of all urban dwellers (p = 0.031). Food allergy was present in 30.3% of participants, in which the most involved foods were: milk (32%), crustaceans (24%) and gluten foods (12%). Still, 34.9% confirmed to have some dermatological reaction when contacting any insect or certain product. Of those who had contact with the external environment in childhood, 82.7% have respiratory allergy (p = 0.044), 76.1% food allergy (p = 0.025) and 81.1% skin allergy, but the latter with a value of p not significant. Conclusion. The importance of evaluating the symptoms of the allergic patient and the factors surrounding the living environment is important for a broad review and subsequent treatment of both the underlying complaint and the predisposing and influencing elements.