Análise da casuística de agressões por armas de fogo e branca atendidas pelo serviço de atendimento móvel de urgência em cidade de médio porte do nordeste brasileiro

Abstract

RESUMO

Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de agressão por perfuração por arma de fogo (PAF) e arma branca (PAB) atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, SAMU-192, em uma cidade de médio porte no sudoeste do Maranhão, Brasil. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo e analítico, exploratório e documental, com abordagem quantitativa, transversal e retrospectiva, baseado na análise das fichas de atendimento, n=1.128, do período de janeiro de 2014 a dezembro de 2018. Adotou-se nível de significância 5% (p<0,05). Resultados: A maioria das vítimas (57,4%) foram atendidas devido a perfurações por arma branca; 42,6% por arma de fogo; 37,2% aconteceram no período noturno; 21,1% no domingo, com diferença significativa em relação ao tipo de agravo e dia da semana (p<0.001); 87,9% das vítimas eram do sexo masculino; 66,0% na faixa etária de 20 a 39 anos; 83,4% foram atendidas por equipes da unidade de suporte avançado; 30,9% das lesões aconteceram em membros superiores; 24,7% em cabeça, face ou pescoço; 24,8% em tórax; 11,2% das vítimas foram a óbito no local do atendimento. Em relação aos bairros atendidos e com maior ocorrência de agravo, o bairro do Centro apresentou 8,1% (n=91), seguido do Bacuri com 6,8% (n=77) e Nova Imperatriz com 5,4% (n=61). Conclusão: Esse estudo permitiu identificar a existência de um maior risco de agressões no período noturno e finais de semana, principalmente na população jovem e do sexo masculino, demonstrando a necessidade de implementação de políticas de saúde pública voltadas para a prevenção, controle e minimização desses agravos.