Adequação farmacoterapêutica de pacientes com Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) na regional de saúde de Imperatriz-MA

Abstract

RESUMO

Introdução: A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa crônica, que acomete pele e mucosas, estando entre as seis doenças infecciosas de maior relevância no cenário mundial. O tratamento de escolha para a LTA é o antimoniato N-metilglucamina, seguido de Anfotericina B e Pentamidina, como alternativas. Tais drogas possuem potencial hepato, cardio e nefrotóxico ao organismo, situação que se configura como um desafio a ser enfrentado na busca de um tratamento adequado. Diante disso, justifica-se a importância de realizar uma abordagem terapêutica adequada, individualizada e ajustada às condições clínicas do paciente, atentando-se aos critérios específicos a serem atendidos pelos portadores de LTA para instauração da farmacoterapia, a fim de evitar prejuízos decorrentes de erros de prescrição aos pacientes. Métodos: O estudo tratou-se de um levantamento retrospectivo, transversal, de caráter quantitativo, com abordagem descritiva analítica. Foram avaliados dados clínicos, epidemiológicos, laboratoriais e terapêuticos de 86 pacientes que tiveram notificação realizada no município de Imperatriz-MA, entre janeiro de 2018 e julho de 2019. Para tabulação e análise de dados foram usados Microsoft Excel, versão 2016 e o programa IBM SPSS 2016, respectivamente. Resultados: A maioria dos pacientes com LTA analisados na cidade de Imperatriz apresentaram a forma clínica cutânea e viviam na zona urbana. Houve predominância de casos entre o sexo masculino e em população economicamente ativa, com maior prevalência entre militares e prestadores de serviço. O exame diagnóstico e a droga terapêutica mais usados foram o parasitológico direto e o Antimonial Pentavalente, respectivamente. Além disso, foram encontradas inadequações quanto à droga, dose e tempo de tratamento. Conclusão: As taxas de inadequações terapêuticas, embora em baixas porcentagens, ainda existem. O que nos alerta para a necessidade de melhorias do serviço público e da capacitação dos profissionais da saúde, visando oferecer à população um cuidado de qualidade e com menores danos possíveis, no que tange o uso de drogas agressivas no tratamento da LTA.