Perfil epidemiológico de deficiência auditiva por triagem neonatal em cidade de referência macrorregional

Abstract

RESUMO

Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico de recém-nascidos que tiveram alterações auditivas identificadas na triagem neonatal em cidade de referência Macrorregional, assim como sua prevalência. Métodos: Estudo descritivo, quantitativo e transversal, realizado em uma instituição de administração privada que atende recém-nascidos para triagem neonatal auditiva em Imperatriz-MA. Foram analisados 359 prontuários de atendimentos de Janeiro de 2017 a Outubro de 2019. Os dados foram armazenados em planilhas do Microsoft Excel 2019 e analisados no programa Statistical Package For Social Sciences (SPSS 25.0 for Windows), com nível de confiança de 95% e nível de significância a 0,05. Resultados: Entre os 359 prontuários, foram encontrados 96,9% (n=348) pacientes com resultados normais e 3,1% (n=11) de pacientes com resultado de “falha”. Verificou-se também que todos os pacientes não apresentaram asfixia severa e infecção materna na gravidez; 90,9% dos pacientes pesaram ao nascer entre 1500-2499g e 9,1% pesaram mais de 2500g; 18,2% precisaram de UTI e 81,8% não precisaram. Em relação ao tipo de parto, 54,5% dos pacientes com alteração na TAN nasceram por parto Cesária e 36,4% por parto vaginal. Conclusão: A prevalência de alteração no teste e no reteste da triagem auditiva neonatal foi elevada. Houve associação de “falha” na TAN com os seguintes parâmetros: pacientes do sexo masculino, realização do teste até 7 dias e nascimento por parto normal, e uma correlação, embora com taxas menores, com prematuridade e necessidade de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. A surdez infantil é um problema de saúde pública, com diversas consequências para o desenvolvimento da criança, justificando-se sua triagem para todas as crianças nascidas.