Perfil epidemiològico e manifestações clínicas em pacientes submetidos à hemodiálise em um serviço de referência no interior do Maranhão

Abstract

RESUMO

Introdução: A doença renal crônica (DRC) em estádio terminal implica em uma série de manifestações clínicas, sintomas debilitantes, diminuição da qualidade de vida e mudanças no cotidiano dos pacientes submetidos à hemodiálise (HD). Método: Trata-se de um estudo de natureza descritivo, transversal, com abordagem quantitativa constituído por 157 pacientes submetidos à HD. Foram realizadas entrevistas para o levantamento de dados epidemiológicos e terapêuticos relacionados a prevalência de manifestações clínicas na referida população. Resultados: Dos 157 pacientes 61,1% eram homens; 66,2% eram casados e tinham idade média de 54 anos. As manifestações neurológicas foram as mais frequentes atingindo 66,24% dos entrevistados, seguidas das cardiovasculares com 59, 25%, as musculares com 58,60%, as gastrointestinais com 35,67% e as dermatológicas com 35,67%. Os fatores estatisticamente significativos relacionaram-se, em sua maioria, as cardiovasculares e eram: saber ler e escrever, momento de encaminhamento ao nefrologista, etiologia, presença de plano de saúde e número de internações. Quanto ao tratamento medicamentoso, a média de medicamentos utilizados foi de 4, 95 ± 2, 6 (autorrelato) e 6, 45 ± 2, 84 (prescritos). Discussão: O perfil-clinico epidemiológico do estudo foi compatível com os dados brasileiros. O predomínio de uma população em situação de vulnerabilidade social e econômica chama a atenção para o enfrentamento da DRC como problema de saúde pública que poderia ter seus números reduzidos, é consenso que a detecção e o reconhecimento precoce da DRC são necessários para diminuir a progressão da doença e os efeitos adversos sentidos pelo paciente renal crônico.