Hiperparatireoidismo secundário e sua relação com a qualidade de vida em uma unidade de hemodiálise no Interior do Maranhão

Abstract

RESUMO

Introdução: Em pacientes com doença renal crônica (DRC) as alterações no metabolismo do fósforo e cálcio causam elevação do hormônio paratireoidiano (PTH) ocasionando hiperparatireoidismo secundário (HPS), esta condição está associada à diversas alterações patológicas e redução da qualidade de vida dos pacientes. Objetivos: O estudo foi realizado para avaliar a prevalência do HPS em uma unidade de hemodiálise e a relação entre os graus da doença com a perda de qualidade de vida. Métodos: Estudo descritivo, transversal e quantitativo realizado em uma unidade de hemodiálise da cidade de Imperatriz-Maranhão no segundo semestre de 2018. Foram incluídos 150 pacientes, independente do sexo e com idade superior a 18 anos. Foram colhidos dos prontuários dados referentes ao PTH, fósforo, cálcio total, creatinina e fosfatase alcalina. Para avaliação da qualidade de vida foi aplicado o questionário validado SF-36. Resultados: 40,7% dos pacientes foram classificados como portadores de HPS e 19,3 % apresentam HPS grave. Os níveis de fósforo e fosfatase alcalina foram significativamente elevados nos pacientes com HPS moderado e grave. A qualidade de vida se mostrou diminuída principalmente em relação aos aspectos físicos, mas o único domínio que demonstrou relação significativa com o HPS foi o da dor. Conclusão: A ocorrência de HPS foi elevada, porém inferior a outros estudos semelhantes. A redução da qualidade de vida pela própria DRC dificulta a diferenciação desta por comorbidades associadas, porém, a dor presente no HPS grave demonstra que esses pacientes têm perdido qualidade de vida com a doença em estágios avançados.