Avaliação do consumo de alimentos ultraprocessados por escolares da rede pública e privada de ensino em São Luís (MA)

Abstract

Introdução: O consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) se associa ao desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Objetivo: Avaliar o consumo de AUP por escolares da rede pública e privada de ensino, em São Luís (MA). Métodos: Estudo transversal desenvolvido com 558 escolares, com 9 a 16 anos de idade, matriculados da 4ª à 8ª séries, em São Luís (MA). Avaliou-se o consumo alimentar pelo Recordatório de 24 horas. Os alimentos foram agrupados conforme a NOVA classificação dos alimentos em: G1 (alimentos in natura e minimamente processados); G2 (ingredientes culinários e preparações culinárias caseiras); G3 (alimentos processados e preparações com alimentos processados) e G4 (AUP e preparações com AUP). Calculou-se a média do valor energético total (VET) e valores percentuais energéticos de cada grupo alimentar e quantidades de sódio e fibras consumidos, considerando o Intervalo de Confiança. Resultados: O grupo alimentar mais consumido foi o G2, tanto pelos escolares da rede pública (49% [IC=46,4-52,3]), quanto pelos da rede privada (42% [IC=38,5-46,6]). O G4 contribuiu com 32% do VET da dieta [IC=28,4-33,9] e o percentual foi maior entre os escolares da rede privada (41% [IC=36,8-43,8]). O consumo médio total de sódio foi 1999mg [1879,1-2108,7] e o de fibras foi de 11g [10,4-12,1]. Conclusão: O elevado consumo de AUP e o baixo consumo de fibras apontam a necessidade de desenvolvimento de ações de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável, visando estimular hábitos alimentares saudáveis nos escolares.