Plantas espontâneas de interesse para a Baixada Maranhense: potencial de práticas agroecológicas para o controle e segurança alimentar

Abstract

RESUMO

As plantas espontâneas são prejudiciais às culturas agrícolas, interferindo negativamente na agricultura, tornando fundamental a introdução de práticas sustentáveis nas lavouras do Maranhão, visto os danos causados pelo uso de herbicidas. Objetivou-se fazer o levantamento de plantas espontâneas de interesse para a Baixada Maranhense e verificar de que forma as práticas agroecológicas podem ser utilizadas para controlar essas espécies e atender a demanda alimentar social atual. Para listagem de espécies de plantas espontâneas foram coletados dados em produções disponíveis no Google Acadêmico e no site de resumos do Congresso Brasileiro de Agroecologia, publicados a partir de 2006. Após seleção e análise crítica, foram propostas práticas agroecológicas para o controle de plantas espontâneas que possam garantir à produção agrícola menor investimento em insumos e herbicidas nas lavouras temporárias da Baixada Maranhense. Foram listadas 79 espécies de plantas espontâneas, sendo 56,96% (N=45) espécies nativas, 29,11% (N=23) espécies exóticas e 13,92% (N=11) espécies não classificadas, em que foram predominantes a espécie Cyperus rotundus L., seguido da espécie Digitaria ciliares (Retz). Koeler e Alternanthera tenella Colla. Sobre o manejo mais eficaz para a região, destacou-se o uso de adubo verde e cobertura morta, que são práticas que apresentam aplicações simples e baratas para os agricultores, têm ampla eficácia contra as plantas espontâneas encontradas na Baixada Maranhense e permitem o uso de insumos encontrados na região, tais como o babaçu. Sendo assim, foi possível notar que a melhor forma de utilizar práticas agroecológicas de combate ao excesso de plantas espontâneas nas grandes lavouras é conhecendo as peculiaridades de sua fisiologia.