LITERATURA ANGOLANA: Diálogos e possibilidades para uma educação antirracista a partir das experiências do programa residência pedagógica

Abstract

Este trabalho tem como objetivo geral analisar a contribuição da Literatura africana de expressão portuguesa, especificamente a angolana, na educação básica para uma educação antirracista, no 3ºano do ensino médio. Além disso, refletir sobre o seu processo de ensino; discutir sobre a importância da Lei 10.639/2003 para desconstruir o currículo eurocentrista e; relatar ações educativas antirracistas que foram desenvolvidas a partir da supracitada literatura, na modalidade remota , através do Programa Residência pedagógica (coordenado pela professora Dr. Maria Francisca),em parceria com a disciplina de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e de Literatura-PCC 5 (ministrada pela professora Dr. Eliane Pereira), do curso de Linguagens e Códigos-Língua Portuguesa, da Universidade Federal do Maranhão. Essas ações aconteceram por meio da oficina literária “Vozes da África”: a escrita que resiste, na disciplina de Língua Portuguesa na qual foi aplicada nas turmas do 3 º ano A e B do Ensino médio, numa escola pública, na Instituição de Ensino Dr. Henrique Couto, localizada no Município de São Bernardo-MA, nos dias 22/03/21 e 24/03/21. A metodologia deste trabalho se caracteriza numa perspectiva qualitativa de cunho bibliográfico e como um relato de experiência. Como aporte teórico nos embasamos em Almeida (2018), com suas considerações a respeito dos seguintes conceitos: raça, racismo estrutural, discriminação, preconceito racial, dentre outros termos. Para discutirmos sobre o surgimento da literatura africana de expressão portuguesa nos embasamos nas discussões de Ferreira (1977) e Leite (2012). Para refletirmos sobre o ensino desta literatura utilizamos Carvalho (2021), e Gomes (2018) e DCN-s (2004) para falarmos sobre descolonizar o currículo. Além disso, utilizamos Cordeiro (2020) que discute sobre o uso das TICs no espaço escolar entre outros autores.