EFEITO DO PRÉ-AQUECIMENTO DE RESINAS COMPOSTAS NO GRAU DE CONVERSÃO E RESISTÊNCIA DE UNIÃO AO ESMALTE E CERÂMICA

Abstract

A técnica de pré-aquecimento das resinas compostas surge como meio alternativo à cimentação de elementos cerâmicos de delgada espessura. Dessa forma, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do pré-aquecimento de resinas compostas no grau de conversão de polimerização e na resistência de união em esmalte e cerâmica. Foram estudadas duas resinas - Filtek Z250XT (Microhíbrida) e Z350XT (Nanoparticulada) - e dois cimentos resinosos comerciais - Rely-X ARC (Dual) e Rely-X Veneer (Fotoativado) - foram utilizados como controles. As resinas foram pré aquecidas durante 15 minutos em um dispositivo comercial (HotSet) à temperatura de 69°C e logo em seguida fotopolimerizadas por 40 s. O grau de conversão foi medido através da Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) e o teste de microcisalhamento realizado em uma máquina de ensaios universal (Instron) conduzido a uma velocidade de 1 mm/min até a falha. Os dados foram submetidos ao teste de normalidade Shapiro-Wilk, análise de variância (ANOVA) e o teste de Holm-Sidak para comparações múltiplas das médias (α = 5%). O pré-aquecimento não teve efeito sobre o grau de conversão e resistência de união ao microcisalhamento no esmalte das resinas testadas (p>0.05) porém diminuiu a resistência de união ao microcisalhamento na cerâmica. Constatou-se que o pré-aquecimento não demonstrou maior benefício nas propriedades mecânicas testadas em relação aos cimentos resinosos.