A PSILOCIBINA E SUA PERSPECTIVA NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR: uma revisão integrativa

Abstract

O transtorno depressivo tem sido observado como um transtorno que apresenta crescimento exponencial ao redor do mundo, protagonizando o Brasil como segundo país com maior número de pessoas depressivas da América. O Transtorno Depressivo Maior (TDM) e a Depressão Resistente a Tratamentos (DRT) são quadros profundos de perda do bem-estar e saúde mental de muitos indivíduos ao redor do mundo. Percebe-se que o tratamento desses quadros avançados de depressão é um desafio para médicos, psicólogos, farmacêuticos e pesquisadores. As drogas com efeitos adversos elevados, longo tratamento e de custos altos em relação às drogas convencionais são prescritas a fim de se realizar o tratamento. De forma a contornar essa problemática nota-se que a utilização de psilocibina, substância psicodélica extraída de cogumelos do gênero Psilocybe - que já havia sido avaliada na década de 60 e teve fim de suas pesquisas por motivos sociopolíticos, tem voltado à tona como um potencial tratamento ao TDM e DRT. Com a finalidade de se avaliar o recente avanço das pesquisas desse tratamento inovador foi realizada uma revisão de literatura integrativa. A busca foi realizada nas bases PubMed, Web of Science, CAPES e Scielo, com documentos publicados entre os anos de 2012-2022. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 24 trabalhos que serviram de base para a discussão acerca das atividades farmacológicas, dos usos terapêuticos, dos efeitos adversos, da toxicidade e do mecanismo de ação da droga quando aplicada para tratamento de TDM. Conclui-se a partir dos trabalhos consultados que a psilocibina é um potencial candidato ao tratamento de TDM, onde as pesquisas realizadas a partir de 2020 mostram um novo interesse científico na aplicação desse tratamento com resultados positivos nos testes iniciais de Fase 2.