ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO EM PACIENTE COM HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIABETES TIPO 2 E COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS

Abstract

INTRODUÇÃO: O benefício do prolongamento da expectativa de vida traz consigo o aumento da morbimortalidade de Doenças Crônicas Não Transmíssiveis (DCNT) como a Hipertensão Arterial, a Diabetes Tipo 2 e comorbidades associais, como a doença renal do diabetes. Entre a população idosa 80% apresenta alguma DCNT e 10% apresentam múltiplas, conduzindo a prática da polifarmácia (uso concomitante de 4 ou mais medicamentos). O farmacêutico é o profissional capacitado para a detecção, avaliação e resolução de Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM’s) decorrentes de esquemas terapêuticos complexos. A partir desta avaliação, derivam-se as intervenções farmacêuticas correspondentes, nas quais o profissional clínico em conjunto com o paciente, os familiares e os prescritores decidem o manejo ou a conduta em função dos conhecimentos e condições particulares em cada caso. OBJETIVOS: Desta forma, com o objetivo de promover os cuidados farmacêuticos, esse trabalho foi realizado a partir do acompanhamento farmacoterapêutico em uma paciente com DCNT e comorbidades associadas captada em uma unidade básica de saúde na cidade de São Luís - MA, visando garantir a educação em saúde adesão a terapia, a farmacoterapia segura e, consequentemente, promover uma melhor qualidade de vida a ela. METODOLOGIA: Para tanto, foi feito um acompanhamento na forma de entrevistas durante 6 meses, utilizando o método clínico de registro SOAP (do inglês Subjective, Objetictive, Assessment Plan) no qual, informações sobre a história clínica e a farmacoterapia do paciente foram coletadas. Já para avaliar e documentar os dados coletados, foram aplicados questionários validados específicos (como o PHQ-9; MOSF-36; BaMQ) seguindo o mesmo método que permite a organização das informações dos pacientes e o registro de evoluções. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Paciente com o diagnóstico prévio de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes tipo 2 em tratamento com Hidroclorotiazida, Valsartana, Anlodipino, Glimeperida, Metformina+Alogliptina, Pantoprazol, Rosuvastatina, o colírio Maxinom e Domperidona S.O.S. No início do acompanhamento a paciente apresentava diabetes descompensada, prévias complicações relacionadas e exames laboratoriais alterados levando a suspeita de uma possível doença renal associada. Após encaminhamento ao serviço especializado foi diagnosticada com doença renal em estágio 4 (taxa de filtração glomerular muito diminuída). Dessa forma, necessitou de mudança no esquema terapêutico apresentando problemas relacionados à medicamentos (PRM’s). Após as intervenções farmacêuticas foi possível melhorar a adesão farmacêutica e a educação em saúde sanando os PRM’s e elevando a qualidade de vida da paciente. CONCLUSÃO: As intervenções propostas ao logo do trabalho a partir das investigações quanto a história clínica da paciente, os exames laboratoriais e a aplicação de instrumentos validados demonstraram resultados positivos em grande parte dos quesitos e melhora condicional da qualidade de vida, hábitos diários relacionados à terapia medicamentosa.