BIBLIOTECA ESCOLAR INCLUSIVA: análise acerca do transtorno do espectro autista (TEA)

Abstract

Estudo sobre a Biblioteca Escolar Inclusiva perante o usuário com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Objetiva analisar as expectativas e perspectivas do bibliotecário escolar diante do usuário com TEA. Apresenta compreensões acerca do TEA, apontando os principais conceitos de autismo, baseando-se no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) e a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados à saúde (CID). Expõe algumas terminologias utilizadas ao longo dos anos até a atualidade, bem como a influência dos movimentos de inclusão social das pessoas com deficiência, e algumas leis que asseguram os direitos dessas pessoas. Ressalta como ocorre o diagnóstico, quais os níveis de gravidade, algumas formas de tratamento e acompanhamento a ser feito. Discorre sobre a Biblioteca escolar inclusiva, abordando os conceitos, leis e tipos de acessibilidade. Descreve sobre a participação de usuários com autismo nas atividades desenvolvidas na biblioteca e sobre a necessidade da formação continuada dos bibliotecários. Com o propósito de alcançar o objetivo proposto, trata-se de uma pesquisa bibliográfica e exploratória com abordagem qualitativa, utiliza-se como instrumento de coleta de dados uma entrevista semi-estruturada aplicada com as bibliotecárias das escolas: SESI - Anna Adelaide Bello e Santa Teresa. Os dados coletados evidenciam que existe carência quanto à qualificação profissional em cursos de inclusão e acessibilidade por parte dos profissionais bibliotecários, e a ausência desta, gera uma dificuldade em desempenhar o seu trabalho no contexto da educação inclusiva. Constata que apesar das escolas possuírem usuários com autismo, a gestão e as bibliotecas não priorizam e nem desenvolvem ações, projetos e atividades específicas para os referidos usuários. Por fim, apresenta que há uma necessidade por parte dos profissionais da informação quanto à educação continuada no contexto de inclusão e acessibilidade, pois a formação curricular do bibliotecário não tem resultado de forma positiva nas exigências da atuação profissional, sendo assim, há também a necessidade da implementação de mais disciplinas nas grades curriculares do curso de biblioteconomia que debatem sobre inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência.