PREVALÊNCIA DISFONIA EM DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE IMPERATRIZ-MA

Abstract

Objetivou-se apresentar a prevalência de disfonia, os sintomas vocais presentes e os fatores associados ao risco de desenvolvimento de disfonia em docentes da educação infantil da Rede Municipal de Ensino de Imperatriz-MA. Estudo transversal, com amostra composta por 70 docentes. Utilizou-se o questionário de Condição de Produção Vocal do Professor adaptado e o Índice de Triagem de Distúrbio de Voz (ITDV), entre dezembro de 2019 a março de 2021. As variáveis dependentes no estudo para todas as associações e razão de prevalência (RP), com intervalo de confiança de 95%, foram: o resultado do ITDV (indicativo de distúrbio quando a pontuação somava 5 pontos ou mais) e disfonia autorreferida. A prevalência de disfonia autorreferida foi de 80%. Quanto ao ITDV, 54,3% dos docentes apresentaram indicativo de distúrbio vocal. Os sintomas vocais mais prevalentes foram rouquidão (90%), perda da voz (55,7%), garganta seca (91,4%) e cansaço ao falar (77,1%). As variáveis: escola ruidosa RP = 1,22 (0,93 - 1,60); presença de eco RP = 1,16 (0,99 - 1,35); poeira RP = 1,18 (0,99 - 1,42); acústica da sala insatisfatória RP = 1,09 (0,87 - 1,36); temperatura escolar desagradável RP = 1,19 (0,87 - 1,61); umidade local RP = 1,77 (1,66 - 2,11), bem como os hábitos de gritar RP = 1,68 (1,11-2,06); falar muito RP = 1,08 (0,82-1,42); falar realizando atividades físicas RP = 1,03 (0,83-1,28) e falar carregando peso RP = 1,10 (0,82-1,48), foram associados ao risco de disfonia. A prevalência de disfonia autorreferida pelos docentes é alta, perda da voz está entre os sintomas vocais presentes e aspectos relacionados ao ambiente de trabalho e hábitos vocais são fatores associados ao risco de disfonia.