ÍNDICE DE MORTALIDADE POR SEPSE NEONATAL EM UMA MATERNIDADE DE REFERÊNCIA NO INTERIOR DO MARANHÃO

Abstract

Estudo elaborado com o objetivo de determinar o índice de mortalidade neonatal envolvido com sepse e correlacionar características sociodemográficas e clínico-laboratoriais gestacionais, do parto e do período de internação do recém-nascido em UTI neonatal associadas ao desfecho de óbito. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, retrospectivo e quantitativo, no qual, foram analisadas 141 Fichas de Investigação do Óbito Infantil referentes ao ano de 2018 em uma maternidade de referência macrorregional no sul do Maranhão, incluindo todos os óbitos neonatais ocorridos no período, independente da causa e excluídos os óbitos que ocorreram fora do ambiente de UTI neonatal. O coeficiente de mortalidade por sepse neonatal da macrorregião Sul do Maranhão (2,57/mil Nascidos Vivos - NVs) mostrou-se superior em relação ao estadual (1,1/mil NVs) e nacional (0,83/mil NVs). Na análise de regressão logística, houve associação estatisticamente significativa do óbito por sepse com óbito tardio [OR: 2,38 (1,11 – 5,07), p = 0,03], tempo de bolsa rota de 18h ou mais [OR: 8,67 (1,40 – 53,85), p = 0,02], idade materna de 35 anos ou mais [OR: 3,89 (1,03 – 13,25), p = 0,05], APGAR 5º min > 7 [OR: 2,20 (1,02 – 4,85), p = 0,05], tempo de internação ≥5 dias [OR: 2,41 (1,15 – 5,05), p = 0,02]. Infere-se que o índice de mortalidade para a Macrorregião Sul encontra-se acima dos parâmetros estaduais e nacionais, porém condizente com outros estudos. Ademais, demonstrou-se correlação da idade materna avançada e tempo prolongado de bolsa rota, assim como, ocorrência de óbito tardio, tempo de internação prolongado e APGAR 5º min > 7 com o óbito por sepse neonatal.