Relação entre depressão e dor crônica em idosos institucionalizados

Abstract

Introdução: O envelhecimento da população brasileira é crescente, assim como a tendência para a institucionalização dos idosos, especialmente os que apresentam doenças crônicas ou incapacidades. A dor é destaque para incapacitância de muitas atividades e, acredita-se, que essa possa influenciar no desenvolvimento de sintomas depressivos nos idosos residentes em instituições de longa permanência. Objetivo: Analisar a influência dos sintomas dolorosos no desenvolvimento de sinais de depressão em idosos institucionalizados. Método: Estudo de caráter descritivo transversal, de abordagem quantitativa, constituído por 27 idosos de ambos os sexos, residentes em instituição de longa permanência (ILP) em XXXXX. Foram utilizados questionários validados de Dor de McGill e Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage reduzida. A análise dos dados foi realizada mediante teste Qui-quadrado. Foi adotada a significância de p < 0,05. Resultados: Dezesseis idosos mantém quadro normal de depressão, dez apresentam depressão leve e um idoso apresenta depressão grave. Quanto à presença de dor, dez idosos deprimidos apresentavam dor, um é depressivo sem dor, cinco apresentam dor, mas não portam depressão e onze negam dor e não portam depressão. Assim, há relação da dor com depressão (p = 0,023), especialmente a dor de padrão contínuo (p < 0,001). Demais fatores não tiveram relação estatística. Conclusão: O avançar da idade e a presença de dor, especialmente a dor contínua, têm relação com a depressão em idosos institucionalizados.