AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE HOMENS VIVENDO COM HIV/AIDS

Abstract

Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é uma manifestação clínica relacionada a uma grave vulnerabilidade imunológica, resultante da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana. Os soropositivos diariamente enfrentam problemas que envolvem questões físicas, emocionais e sociais, assim como os efeitos adversos relacionados ao regime terapêutico, situações essas capazes de impor dificuldades no alcance de uma qualidade de vida satisfatória. Objetivo geral: Avaliar a qualidade de vida de homens vivendo com HIV/AIDS, atendidos em um Centro de Testagem e Aconselhamento, localizado em Pinheiro-MA Material e Método: Trata-se de um estudo descritivo, analítico transversal, realizado entre os meses outubro de 2021 a novembro de 2022, em um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), no município de Pinheiro – MA. A amostra foi por conveniência e participaram do estudo 57 homens. Para a coleta de dados foram utilizados um instrumento para a caracterização sociodemográfica e outro para avaliação da qualidade de vida, o WHOQOL-HIV bref. As relações entre as variáveis foram analisadas pelo Teste T-Student e ANOVA, em verificação da normalidade, a amostra foi submetida ao teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S), a significância estatística adotada foi de p< 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA) sob o parecer nº 5.100.763. Resultados: A maioria dos homens com HIV/AIDS possuíam faixa etária de 33-47 anos (45,61%), solteiros (61,40%), heterossexuais (77,19%), pardos (63,16%), católicos (49,12%), ensino médio completo (35,09%), com vínculo empregatício (50,88%) e renda mensal ≤1 salário mínimo (42,11%). Os piores scores foram identificados nos domínios nível de independência, físico e relações sociais, enquanto que os maiores se concentraram nos domínios meio ambiente e psicológico. Houve associação significativa entre faixa etária e o domínio físico (p=0,0034), meio ambiente às variáveis escolaridade (p=0,0192) e renda familiar (p=0,0001). Houve diferença estatística em relação profissão e domínio nível de independência (p=0,0401), o domínio físico à forma de infecção (p=0,0442), e tabagismo (p=0,0223) em relação ao domínio espiritualidade. Conclusão: Os domínios que apresentaram score médio melhor foram psicológico e meio ambiente, e o domínio da qualidade de vida com menor score da média foi de nível de independência.