CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM CENTRO CIRÚRGICO: percepção da equipe de Enfermagem

Abstract

A segurança do paciente é um elemento essencial à qualidade da assistência à saúde, pois delimita ações que objetivam gerenciar e prevenir riscos nos quais os indivíduos estariam expostos. A segurança do paciente se configura como uma estratégia para redução de potenciais danos no processo assistencial. Estudo transversal com abordagem quantitativa realizado no Centro Cirúrgico de um Hospital Estadual do nordeste brasileiro, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão nº 2.076.153. A coleta de dados foi realizada nos meses de janeiro a junho de 2019, por meio da aplicação do instrumento Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC). A amostra foi composta de 56 profissionais de enfermagem. Para auxiliar na análise dos dados e comprovação dos resultados, utilizou-se o teste alpha de Cronbach. Houve predomínio do sexo feminino 51 (91,1%), faixa etária 30 a 40 anos 26 (46,4%) categoria de técnicos de enfermagem 37 (66.1%), no ensino médio completo 17 (30,4%.). Das 12 dimensões estudadas, três: “Aprendizado organizacional” (91,67%, = 0,72); “Retorno da informação e comunicação sobre erro” (80,36%, = 0,63) e “Expectativas e ações da promoção de segurança dos supervisores/gerentes” (77,68%, = 0,60) apresentaram maior proporção de positividade (acima de 75%), sendo estas as dimensões fortes do estudo. As demais dimensões foram consideradas frágeis. A maioria dos profissionais considera a qualidade da segurança do paciente na área/unidade de centro cirúrgico “excelente/muito boa” (84%) e mais da metade não realizaram qualquer notificação de eventos adversos nos últimos 12 meses (53,6%). O estudo contempla a perspectiva ampliada e multidimensional de cultura de segurança ao considerar especificidades e transversalidades que influenciam o compromisso da organização de saúde com a segurança do paciente. Apesar das fortalezas evidenciadas, constatou-se dimensões da cultura de segurança com fragilidades, o que requer colaboração da organização hospitalar, gestão e equipe de assistência para instigar a promoção e apoio de práticas seguras.