Prevalência de Mycobacterium Leprae no município de Chapadinha - MA entre os anos de 2017-2021

Abstract

RESUMO

Este estudo teve como objetivo conhecer o perfil epidemiológico de casos hanseníase oriundos de Chapadinha - MA. Trata-se de uma pesquisa descritiva epidemiológica, de caráter quantitativo, que utilizou dados da Secretaria Municipal de Saúde. A coleta de dados foi realizada no mês de junho de 2022 contemplando as seguintes variáveis para a pesquisa: número de casos de hanseníase notificados entre 2017 e 2021; modo de entrada no sistema de sáude; faixa etária; sexo; cor ou raça; escolaridade; forma clínica; critério operacional e modo de saída. Entre o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2021, foram notificados 119 casos de hanseníase, sendo observado maior prevalência no ano de 2017. Referente ao modo de entrada dos pacientes no sistema de saúde, 106 casos compreendendo a maioria, foram registrados como caso novo. Com relação à faixa etária, observou-se que a maior prevalência é em indivíduos com idade entre 35-49 anos, com 33 casos e menores incidências nas faixas etárias de 5-9 e 10-14 anos com 4 casos. No que se refere a distribuição dos casos por gênero, os dados mostram predominancia do sexo masculino com 79 casos. Quanto a cor ou raça das pessoas notificadas, observa-se predomínio da cor parda, 72 casos. A respeito da escolaridade, a classe mais afetada pela hanseníase são pessoas com ensino fundamental incompleto 54 casos e a classe menos afetada são as de pessoas que possuem o ensino superior com 4 casos. No tocante a forma clínica da doença, a mais prevalente foi a dimorfa com 54 casos. Referente ao critério operacional, 104 casos foram notificados como multibacilares. Em relação aos 119 casos notificados, detectamos que 98 deles tiveram sucesso em seus tratamentos e não tiveram óbitos por hanseníase. Chapadinha teve 119 (cento e dezenove) casos de hanseníase notificados entre o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2021, com uma média de 23,80 casos/ano, e a taxa prevalência de hanseníase no município é considerada média, 2,23 casos por 10 mil habitantes, tendo como referência o ano de 2021. No que diz respeito ao modo de entrada dos pacientes no sistema de saúde, podemos observar que a maioria são casos novos 89,08%, e que o município também atende casos oriundos de regiões vizinhas. Em relação à evolução da doença, Chapadinha tem uma metodologia de tratamento eficiente, pois 82,35% dos pacientes progrediram para a cura.