Efeito da utilização da barreira de polipropileno na contração do alvéolo pós-extração e no ganho de tecido queratinizado: relato de caso clínico

Abstract

RESUMO

A perda óssea progressiva do contorno do rebordo alveolar é consequência da exodontia. Nos primeiros seis meses pós-exodontia a reabsorção acontece de forma acentuada causando perda de cerca de 60% da largura e 40% da altura do rebordo residual alveolar. A reabsorção alveolar seguida de atrofia do osso pós-exodontia dificultam os tratamentos reabilitadores. Desse modo, medidas para a manutenção do coágulo dentro do alvéolo residual após uma extração têm sido recomendadas, o que evita desencadear os fatores de cicatrização óssea que causam defeitos. O uso de barreiras que protegem o coágulo e impedem a proliferação de tecido conjuntivo frouxo dentro do alvéolo tem demonstrado bons resultados, destacando-se a barreira de polipropileno. Essa barreira física cria um espaço separado dos demais tecidos, permitindo que células osteoprogenitoras exerçam seu papel. O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos do uso da barreira de polipropileno (Bone Heal®) na implantodontia, como segregador tecidual e mantenedor de espaço induzindo neoformação óssea, através de um relato de caso clínico. Para isso, foi selecionado um paciente com indicação de exodontia e utilização da barreira de polipropileno pós-exodontia. Após anamnese, exame clínico inicial e solicitação de Tomografia Computadorizada (TC) inicial, o paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico de exodontia do dente 37 e a barreira de polipropileno foi instalada sobre o rebordo residual. Passados 15 dias, a barreira foi retirada e os aspectos macroscópicos do alvéolo e tecidual foram avaliados. Após 120 dias realizou-se uma segunda TC na região do rebordo a fim de comparar os efeitos do uso da barreira de polipropileno. Pode-se concluir que a barreira mostrou-se eficaz na manutenção das dimensões ósseas do rebordo residual e reparação do tecido mole com ganho de faixa do tecido queratinizado.