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Título: Dinâmica prazer-sofrimento no trabalho remoto de professores de uma IFES
Título(s) alternativo(s): Pleasure-suffering dynamics in the remote work of professors at an IFES
Autor(es): VASCONCELOS, Camila Telis de Sousa
Palavras-chave: dinâmica prazer-sofrimento;
trabalho remoto.;
docência;
pandemia da covid-19;
pleasure-suffering dynamic;
remote work;
teaching;
COVID-19 pandemic.
Data do documento: 20-Ago-2022
Editor: Universidade Federal do Maranhão
Resumo: RESUMO A pandemia da COVID-19 afetou muitas esferas da sociedade. O modelo de labor de empresas e instituições públicas sofreu modificações para que fosse possível continuar trabalhando, inaugurando a política do “novo normal”, um conceito apresentado como inovador para o mundo do trabalho, porém arraigado de mecanismos de precarização mascarados. Nas Instituições Federais de Ensino Superior, as IFES, não foi diferente. As aulas ministradas em plataformas de chamada de vídeo, a firmação de convênio com empresas de tecnologias que fornecessem serviços voltados para a educação e a reestruturação do planejamento de disciplinas são exemplos de alterações realizadas para que os docentes pudessem se adaptar ao ensino remoto. Estas adaptações acarretaram novas experiências desafiadoras para os professores, bem como intensificaram o surgimento de mais vivências de sofrimento. Neste sentido, o presente estudo investigou os impactos do trabalho remoto na dinâmica prazer-sofrimento de professores de uma determinada IFES, caracterizando as vivências de prazer e as vivências de sofrimento e identificando as estratégias de mediação, sejam elas de defesa ou de enfrentamento. Para tanto, foram selecionados cinco professores de áreas diferentes da IFES em questão e foram realizadas entrevistas semiestruturadas com eles por chamada de vídeo no Google Meet. Para compreender as informações coletadas, o referencial teórico incluiu a Psicodinâmica do Trabalho, a Psicossociologia do Trabalho, estudos sobre o trabalho remoto, sobre a docência e sobre a pandemia da COVID-19. As principais fontes de sofrimento estavam relacionadas à indefinição de limite entre o momento de trabalho e os momentos de não trabalho e a distância dos pares e dos discentes. O contato com os colegas de trabalho e com os alunos, ainda que online, foi caracterizado como uma fonte de prazer. Por fim, identificou-se as estratégias de mediação que, predominantemente, foram caracterizadas como estratégias de defesa e, mais precisamente, como defesas de proteção, com a presença da estratégia de enfrentamento mobilização subjetiva em poucos casos. Conclui-se que o trabalho remoto na pandemia da COVID-19 foi capaz de impactar negativamente na dinâmica laboral dos professores, bem como foi incapaz de proporcionar meios para que estes docentes pudessem ressignificar o sofrimento.__ABSTRACT The COVID-19 pandemic has affected many spheres of society. The model of work of companies and public institutions underwent modifications so that it was possible to continue working, inaugurating the idea of the "new normal", a concept presented as innovative for the world of work, but filled with masked mechanisms of precariousness. In the Federal Institutions of Higher Education, the FIHEs, it was not different. Classes taught on video call platforms, the signing of an agreement with technology companies that provide services aimed at education, and the restructuring of the planning of subjetcs are examples of changes made by teachers so they could adapt to remote teaching. These adaptations brought new challenging experiences for teachers, as well as intensified experiences that previously already caused suffering. In this sense, the present study investigated the impacts of remote work on the pleasure-suffering dynamic of professors at a particular FIHE, characterizing the experiences of pleasure and the experiences of suffering and identifying the mediation strategies, whether defense or confrontation. To this end, five professors from different areas of the FIHE in question were selected, and semi-structured interviews were carried out with them by video call on Google Meet. To understand the information collected, the theoretical framework included Psychodynamic of Work, Psychosociology of Work, studies on remote work, on teaching and on the COVID-19 pandemic. The main sources of suffering were related to the lack of definition of limit between the moment of work and the non-working moments, and the distance from peers and students. Contact with co-workers and students, even online, was characterized as a source of pleasure. Finally, the mediation strategies that were predominantly characterized as defense strategies were identified, and more precisely, as protection defenses, with the presence of the subjective mobilization confrontation strategy in a few cases. It is concluded that remote work in the COVID-19 pandemic was able to negatively impact the work dynamic of teachers, as well as being unable to provide means for these teachers to re-signify the suffering.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/6186
Aparece nas coleções:TCCs de Graduação em Psicologia do Campus do Bacanga

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