A “sutileza” do racismo no consumo e rejeição dos corpos das mulheres negras

Abstract

RESUMO

Esta pesquisaobjetiva analisar como os discursos de controle dos corpos das mulheres, especialmente, da mulher negra, que foram produzidos por um sistema hegemônico escravagista, patriarcal e heteronormativo. Discursivamente, as concepções dominadoras foram inseridas os espaços sociais provocando exclusão, invisibilidade e silenciamento de determinados grupos, como mulheres, negras, indígenas e lgbtqia+. Nesse sentido, a construção do escrito teve o processo metodológico composto de pesquisa bibliográfica analítica com referencial teórico construído por intelectuais femininas, em sua maioria negra (Lélia Gonzales; Bell Hook; Conceição Evaristo; Ângela Davis; Sueli Carneiro) que recuperam e permitem a releitura da história.A pesquisa estrutura-se em dois capítulos: primeiro capítulo aborda os reflexos da escravização da população negra brasileira e a representação social da mulher negra e o segundo capítulo intitulado o corpo sobre controle.O resultado da escravidão objetivou esse corpo tornando suscetível a distintas formas de violências, físicas, simbólicas e materiais. Destituída de sexualidade, a mulher negra foi estereotipada e subjugada por meio de concepções racistas e sexistas. Portanto, as políticas públicas não são as únicas alternativas para diminuir as desigualdades sociais, as redes de apoio familiar ou não podem contribuir na construção identitária e no fortalecimento pessoal e coletivo.