Estratégia alimentar em taxa e frequência de alimentação com uso de dieta inerte na primeira fase juvenil de trachelyopterus galeatus

Abstract

A piscicultura é uma atividade em crescimento global que visa suprir a demanda por alimentos de proteína animal de qualidade. No Brasil, a produção aquícola tem apresentado um aumento significativo nos últimos anos, com destaque à piscicultura de água doce que tem desempenhado um papel importante nesse cenário. Nesse contexto, o peixe Trachelyopterus galeatus, conhecido como bagrinho ou anujá, destaca-se como uma espécie promissora na piscicultura continental brasileira, especialmente na região nordeste do país. A região da baixada maranhense, onde a pesquisa foi realizada, é conhecida por suas pescarias para subsistência e comercialização local. Porém, há uma escassez de informações detalhadas sobre os principais pescados consumidos na região, incluindo o bagrinho. Com o intuito de evitar a sobrepesca e a extinção da espécie na região, é fundamental desenvolver um pacote tecnológico para a criação do bagrinho em cativeiro. Com isso, o principal objetivo da pesquisa em questão visa investigar o impacto da taxa e frequência de alimentação nos parâmetros zootécnicos, produtivos e de resistência fisiológica dos alevinos de bagrinho. A pesquisa foi realizada utilizando de um delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial, com duas taxas alimentares e três frequências de alimentação, onde foi utilizado ração em pó com os níveis de garantia em 55% de proteína bruta, 90 g.kg-1 de extrato etéreo, 40 g.kg-1 de fibra bruta, 130 g.kg-1 de umidade e 200 g.kg-1de matéria mineral, ofertada em relação ao percentual do peso vivo dos indivíduos por unidade experimental (6, 8 ou 10%), com três repetições cada unidade de experimentação, durante 20 dia, na densidade de estocagem de 10 peixes.l-1, com peso e comprimento inicial de 0,134±0,03 g e 22,07±1,91 mm, respectivamente. Os resultados obtidos indicam que o fornecimento de 6% da biomassa total de ração inerte, distribuída em duas frequências de alimentação, é suficiente para essa fase de desenvolvimento da espécie, e assim mostrando a viabilidade da piscicultura.