PROSPECÇÃO NO USO DE FITOBIÓTICOS CONTRA BACTÉRIAS PATOGÊNICAS DA PISCICULTURA CONTINENTAL

Abstract

O crescimento aquícola no Brasil tem impulsionado no volume de produção, resultando na intensificação do setor principalmente no aumento de animais confinados, no entanto sem práticas adequadas de manejo podem surgir riscos que comprometem o bem estar do animal, servindo de porta de entrada para agentes infecciosos. As doenças bacterianas são as principais contribuintes de perdas econômicas significativas nos sistemas de produção, além de altas taxas de mortalidade nas pisciculturas, causando lesões, deixando os animais debilitados e impróprios para comercialização. Para o tratamento de infecções bacterianas é realizado com uso de antibióticos, todavia, os tratamentos com os fármacos no ambiente de cultivo têm levantado várias preocupações, devido ao seu uso indevido em concentração e tempo de tratamento, que podem ocasionar o surgimento de bactérias resistentes e concentrações de resíduos químicos a longo prazo nos ambientes aquáticos. Como alternativa para essa problemática e enquadramento as exigências da aquicultura sustentável, o uso de produtos naturais têm se mostrado eficaz por apresentarem compostos bioativos com atividade antimicrobiana. Com isso, este estudo teve como objetivo avaliar o potencial antibacteriano a partir de testes in vitro de produtos naturais de extrato de Terminallia catappa, óleos de andiroba (Carapa guianensis), babaçu (Attalea speciosa), buriti (Mauritia flexuosa), copaíba (Copaifera langsdorffii) e pequi (Caryocar brasiliense), como controle positivo, os fármacos Oxitetraciclina e enrofloxacina, para ação inibitória dos patógenos Aeromonas hydrophila, A. caviae, A. jandaei, Streptococcus agalactiae e Micrococcus luteus. No qual, foram realizados testes in vitro pelo método de difusão de disco, para avaliar o potencial antimicrobiano dos produtos naturais e seu potencial uso alternativo aos fármacos aplicados para tratamento na aquicultura continental, em um delineamento inteiramente atualizado, foram semeadas discos embebidos com as soluções testes estéril em placas contendo Ágar Müeller Hinton, onde foram incubadas a 35 °C por 24 horas, que posteriormente realizou-se a leitura do diâmetro dos halos de inibição de crescimento bacteriano com auxílio de paquímetro digital. Os resultados foram tratados no software estatístico BioEstat versão 5.0. Os resultados encontrados indicaram que os óleos avaliados têm efeitos bactericida e bacteriostático, apenas o extrato a frio da Terminallia catappa e óleo de babaçu (Attalea speciosa), não apresentam inibição frente aos patógenos.