MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA E EXERCÍCIO FÍSICO EM IDOSAS COM SOBREPESO E OBESIDADE

Abstract

Introdução: O acelerado crescimento da população idosa é um fenômeno no Brasil e, no mundo. Esse processo é marcado por uma série de alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas, que vão alterando progressivamente o organismo, deixando-o mais suscetível às agressões intrínsecas e extrínsecas. Verifica-se atualmente um aumento das doenças crônicas degenerativas, entre elas a obesidade. O excesso de massa corporal, resulta em uma baixa variabilidade da frequência cardíaca (VFC) reconhecida como importante marcador da integridade do sistema autonômico cardíaco, que por sua vez, reflete um risco elevado de morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares. Diante deste problema, o exercício físico vem se mostrando uma estratégia eficaz para reverter este quadro de baixa VFC em pessoas com sobrepeso e obesidade. Objetivo: Avaliar a modulação autonômica cardíaca após 18 semanas de exercícios físicos em idosas com sobrepeso e obesidade. Método: Foram analisados nove idosas com idade de 68,25 ± 6,25 anos, participantes do projeto Moviment’Ação e classificas com sobrepeso e obesidade. As idosas passaram por uma avaliação física pré e pós intervenção (anamnese, antropometria, teste de capacidade funcional e frequência cardíaca (FC) no eletrocardiograma) e foram incluídas em um programa de treinamento físico por um de 18 semanas com frequência de três vezes por semana. Para análise estatística, inicialmente foi verificado a normalidade dos dados utilizando o teste Shapiro-Wilk, e para diferenças significantes comparando os valores iniciais e finais foi usado o Teste t (pareado). Os dados estão expressos em média e desvio-padrão, considerando estatisticamente significante quando o valor de p < 0,05. Resultados: Observou-se diferença significativa na raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes (RMSSD), 0V associado a modulação simpática (0V%), 1V associado a modulação simpática e parassimpática (1V%) e 2LV duas variações associadas a modulação parassimpática (2LV%). Conclusão: O treinamento físico de três vezes por semana durante 18 semanas, é capaz de influenciar positivamente a modulação autonômica cardíaca em idosas com sobrepeso e obesidade, além de reduzir percentuais de gordura e melhora da capacidade funcional.