EFEITOS DE 12 SEMANAS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO MOVIMENTAÇÃO

Abstract

Introdução: O envelhecimento é considerado um processo amplo e progressivo, relacionado a modificações tanto morfológicas como bioquímicas, fisiológicas e emocionais, que estão associados a perda progressiva da capacidade de adaptações do indivíduo ao meio ambiente, resultando em maior vulnerabilidade e propensos ao surgimento de doenças crônicas degenerativas. Em paralelo ao processo de envelhecimento, existe ainda uma diminuição da prática de atividade física, o que pode ocasionar ainda, uma maior redução da capacidade funcional, e redução da capacidade do idoso em realizar atividades da vida diária, tornando-o dependente de outras pessoas, refletindo na sua qualidade de vida. A qualidade de vida engloba e tem relação direta com diversas dimensões dentre elas as emocionais, físicas, mental, religiosa, econômica e ambiental, ocasionando mudanças para a vida do indivíduo tanto positivas quanto negativas. Por outro lado, o exercício físico torna-se uma estratégia capaz de atenuar os efeitos do envelhecimento ou até mesmo de reverter parte dos declínios físicos decorrente da senescência, garantido autonomia, longevidade dos idosos e manutenção da qualidade de vida. Assim, o objetivo do estudo foi verificar o efeito de um programa de exercício físico na qualidade de vida dos idosos. Materiais e métodos: A amostra do presente estudo foi constituída por 12 idosos de ambos os sexos, sendo 11 do sexo feminino e 1 do sexo masculino, com idade igual ou superior a 60 anos, participantes do projeto de extensão “MovimentAção”. Na avaliação inicial foi mensurado questões socioeconômicas para caracterização da amostra, logo após, foi feito uma avaliação física e antropométrica, na qual foi medida a massa corporal e estatura. A partir dos valores de massa corporal e estatura foi calculado o índice de massa corporal (IMC). Seguidamente, foi aplicado o questionário de qualidade de vida relacionado a saúde (SF-36). Em seguida, foram submetidos ao protocolo de exercício físico, e após 4 meses de exercício físico, foram reavaliados de forma semelhante a avaliação inicial. Inicialmente foi verificada a normalidade da distribuição dos dados através do teste de Shapiro Wilk e a homocedasticidade pelo teste de Levene. Para descrição das variáveis de caracterização da amostra foi utilizado testes paramétricos, os resultados estão apresentados como média ± desvio padrão. Para análise dos escores obtidos pelo questionário SF-36 foi utilizado o teste não paramétrico pareado de Wilcoxon, com os valores apresentados como mediana e intervalo interquartil (Q1 – Q3). Foi adotado o nível de significância p<0,05. Resultados: Após o período de treinamento físico, foi observado uma melhora significativa na qualidade de vida nos domínios, Capacidade funcional, Limitação por aspectos físicos e Aspectos sociais (p<0,05). Para os domínios Dor, Estado geral de saúde, Vitalidade, Limitação por aspecto emocional e Saúde mental não foi observado alteração significativa após o período de treinamento. Conclusão: Por meio deste estudo foi possível concluir, que um programa de exercício físico foi capaz de melhorar a qualidade de vida nos domínios capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, dor e aspectos sociais através de um programa de exercício físico realizado pelo Projeto MovimentAção.