Trajetória escolar de estudantes com deficiência visual: Ingresso e permanência na ótica dos próprios alunos.

Abstract

Este trabalho aborda a leitura e escrita de alunos cegos e com baixa visão na educação básica em Imperatriz, e as implicações destas práticas ou da ausência delas, no processo de entrada e permanência no ensino superior. Com o objetivo de analisar a trajetória escolar de estudantes com deficiência visual, ingresso e permanência, na ótica dos alunos. Buscamos ouvir estudantes neste município, que estavam ou que já concluíram a etapa do ensino superior, onde encontramos cinco pessoas com deficiência visual que atenderam aos pré-requisitos para esta investigação. A justificativa para a escolha do tema se deu em função da necessidade de saber qual a compreensão que estes estudantes têm sobre a importância das práticas de leitura e escrita na educação básica, para a vida acadêmica. Metodologicamente adotamos os princípios da abordagem qualitativa com a técnica da entrevista não estruturada onde os respondentes tiveram total liberdade de relatar suas vivências na escola de educação básica e superior. Também realizamos uma entrevista com uma professora que trabalhou em uma das escolas onde a maioria dos entrevistados realizou seus estudos na educação básica. A pesquisa evidenciou que os alunos, sujeitos desta pesquisa, tiveram barreiras desde as primeiras letras até à conclusão do ensino superior. A pesquisa evidenciou, também que os/as estudantes não faziam ideia do quão prejudicial seria a falta da proatividade em relação a leitura e produção textual em suas trajetórias escolares, até que adentrassem o mundo acadêmico.