Perdas por Gotejamento e pH em Diferentes Pontos da Carcaça de Ovinos Alimentados com Dietas Contendo Borra do Babaçu

Abstract

Nos últimos anos a procura por proteína animal de boa qualidade tem aumentado significativamente, e junto a este fato se faz necessário uma melhoria significativa nos sistemas de produção animal, especialmente quando o assunto está relacionado à produção de carne. O Brasil possui uma enorme diversidade de ecossistemas, incluindo diversas espécies de palmeiras com potencial de utilização na alimentação de ruminantes, entre elas, destaca-se o babaçu. Neste contexto, objetivou-se avaliar as características qualitativas da carne de ovinos alimentados com níveis crescentes de borra de babaçu (0; 5; 10; 15% % MS). Utilizou-se 28 ovinos machos, mestiços, não castrados, com aproximadamente noventa dias de idade e peso médio inicial no confinamento de 20,6 ± 4,1 kg. Os animais foram vermifugados, identificados e alojados individualmente em baias de 1,5 m² providas de comedouro e bebedouro, localizadas em galpão coberto de alvenaria com piso de concreto, onde permaneceram durante todo o período experimental, sendo este composto por 55 dias (10 dias para adaptação dos animais a dietas e instalações e 45 dias para coletas de dados). Os ovinos foram alimentados com uma dieta de alto grão contendo diferentes quantidades de borra babaçu (0, 5, 10 e 15%) em substituição ao milho moído e ao farelo de soja, com base na MS. Após esse período os animais foram abatidos, e no momento do abate e pós-abate (24hs de câmara fria) foram medidos os valores de pH inicial e final, além da quantificação da perda por gotejamento. Para determinação da força de cisalhamento, foi utilizada amostra do Longissimus lumborum, sendo o resultado expresso em kgf/cm². A borra de babaçu não interferiu nas características qualitativas avaliadas da carne, podendo ser utilizada ofertada em até 15% na dieta de ovinos em terminação.