RESPOSTAS FISIOLÓGICAS DE CAPRINOS DA RAÇA BOER X SRD AO CLIMA DA REGIÃO DO BAIXO PARNAÍBA

Abstract

Quando se busca maior eficiência na exploração pecuária, a interação animal versus o ambiente deve ser considerada, pois o estresse por calor é um dos principais fatores que limitam a expressão dos animais em regiões com temperaturas elevadas, faz necessário o conhecimento da tolerância e da capacidade dessas raças. O experimento teve como objetivo avaliar as respostas fisiológicas e climáticas das duas raças caprinas Boer e SRD (Sem Raça Definida), as condições climáticas da Região do Baixo Parnaíba. Foram utilizados 14 animais fêmeas, sete da raça Boer e sete SRD. Foram avaliados os parâmetros fisiológicos: frequência respiratória (FR), frequência cardíaca (FC) e temperatura retal (TR), mensuradas nos turnos da manhã às 7 horas e à tarde 13 horas, no período chuvoso de abril/maio e período seco agosto/setembro de 2017. Durante esse período, foram mensuradas, temperatura do globo negro, temperatura do bulbo seco, temperatura do bulbo úmido e a umidade relativa, através do Globo Negro e Termo Higrômetro. Os dados foram submetidos ao teste Tukey (SAS, 1999), comparando as médias (p<0,05) a 5% de probabilidade. Houve diferença significativa para as todas variáveis ambientais. Destacando-se a temperatura do globo negro nos turnos da tarde no período chuvoso e seco, comparado com o turno da manhã nos mesmos períodos, porém apresentaram-se dentro da zona de conforto térmico para caprinos. A temperatura do bulbo úmido, temperatura do bulbo seco e umidade relativa do ar, houve diferença nos dois períodos e turnos. A frequência respiratória da raça Boer que obteve (39,1mov/min), havendo diferença significativa no turno da manhã no período chuvoso, comparada com SRD, que obteve (36,2mov/min) no mesmo período e turno. A frequência cardíaca observada no turno da tarde no período chuvoso da SRD foi de (71,3 bat/min) sendo superior comparado com a raça Boer que obteve (68,3 bat./min). A maior média da temperatura retal observada foi no período seco, no turno da tarde, da SRD (39,0°C), sendo significativo (P<0,05) da raça Boer (38,2°C). As duas raças mantiveram-se dentro dos padrões de temperaturas desejáveis e fisiologicamente adaptado às condições climáticas da Região do Baixo Parnaíba.