Lápides que contam história: o lugar dos mortos na igreja do Carmo em Alcântara - MA

Abstract

RESUMO

A presente monografia resultante da execução de um plano de trabalho como bolsista de iniciação à pesquisa (PIBIC/FAPEMA-2020-2021), intitulado Lápides e Epigrafia: significados e representações na Igreja Nossa Senhora do Carmo em Alcântara - MA, cujo objetivo fora realizar um breve inventário acerca das lápides e epitáfios existentes no interior da referida igreja, um recorte do macroprojeto intitulado: Arte Cemiterial: História, Iconografias e Devoções nas Reentrâncias Maranhenses, coordenado pelo Professor Dr. Dimas dos Reis Ribeiro. A proposta de investigar a arte tumular nesta igreja considerou a sua relevância artística, histórica e cultural. A referida igreja foi nomeada simplesmente como igreja do Carmo, edificada por volta do século XVI. De acordo com Caires e Viveiros, a igreja era parte de um conjunto arquitetônico maior e era conjugada ao convento que se encontra em ruínas, bem como o restante do conjunto que servia, segundo o autor, como sede dos carmelitas calçados em Alcântara. A igreja resistiu ao tempo, tornando-se a matriz e está de pé até nossos dias, visitada diariamente por turistas, peregrinos e pesquisadores de várias regiões do Brasil e do mundo, recebendo seu maior público nos feriados, principalmente no 2 de novembro (Dia de Finados). A Matriz do Carmo, como é mundialmente conhecida, magnificamente construída segundo Viveiros, que se refere a ela como um suntuoso templo, certamente não apenas pelos aspectos arquitetônicos permeados por ricos e belos detalhes, mas principalmente por dentro, onde encontram-se as pinturas, iconografias e as lápides, objeto histórico do nosso trabalho, perfazendo um total de 55 lápides e uma urna mortuária inventariadas.