ADAPTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS DE PRÓTESES PARCIAIS REMOVÍVEIS CONFECCIONADAS PELO FLUXO DIGITAL: uma revisão de literatura

Abstract

A prótese parcial removível (PPR) é uma importante opção reabilitadora de pacientes parcialmente edêntulos, cujo desempenho funcional depende de uma adaptação adequada. É um tratamento que demanda diversas etapas clínicas e laboratoriais complexas e passíveis de incorporação de erros, principalmente na etapa de confecção da infraestrutura metálica. Com o advento da tecnologia, o fluxo digital (CAD-CAM) tem ganhado espaço especialmente na área de reabilitação oral, visando garantir maior agilidade e precisão das próteses através de técnicas de impressão 3D, fresagem ou sinterização seletiva a laser. Assim, esse estudo teve como objetivo comparar a adaptação de infraestruturas de PPRs confeccionadas pelo fluxo digital e convencional. Foi realizada uma busca bibliográfica nas bases de dados PubMED/Medline, SciELO e Scopus de artigos publicados nos últimos 20 anos, nas línguas inglesa, portuguesa ou espanhola. Foram incluídos estudos clínicos e laboratoriais e revisões sistemáticas que comparassem a adaptação de PPRs fabricadas pelos métodos digital e convencional. Foram encontradas 96 publicações e, após a exclusão dos artigos duplicados e da leitura dos títulos e resumos, 44 artigos foram considerados elegíveis. Destes, 31 artigos foram excluídos por não serem compatíveis com os critérios de inclusão estabelecidos na pesquisa. A amostra final contou com 13 artigos, que foram lidos na íntegra. Os resultados mostraram que a adaptação das infraestruturas metálicas confeccionadas pelo fluxo digital é semelhante ao método convencional. Dentre as opções de fluxo digital, a técnica de sinterização seletiva a laser foi a mais citada pelos estudos e apresenta resultados superiores em relação ao fluxo combinado, pautado na impressão ou fresagem do padrão da infraestrutura em resina calcinável. Além disso, o tipo de escaneamento e o método de mensuração da adaptação também influenciaram nos resultados. Conclui-se que o uso do fluxo digital está em expansão dentro das reabilitações com PPRs com resultados clínicos e laboratoriais favoráveis. Mais estudos de longo prazo serão necessários para avaliação seu desempenho clínico frente às demandas funcionais existentes para esse tipo de prótese.