TRATAMENTO CIRÚRGICO DA MORDIDA ABERTA ANTERIOR ESQUELÉTICA: FATORES PARA OBTENÇÃO DE BONS RESULTADOS

Abstract

A mordida aberta anterior (MAA) esquelética é uma oclusopatia de resolução complexa, cujo prognóstico varia conforme a gravidade e a etiologia associada. As formas de tratamento incluem a associação de intervenções ortodônticas e cirúrgicas, a fim de corrigir as deformidades dentoesqueléticas. O objetivo deste estudo foi investigar as principais abordagens cirúrgicas utilizadas no tratamento dessa condição e os fatores que interferem na estabilidade dos resultados. Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa de literatura fundamentada em artigos publicados no período de 2013 a 2023, sobre a temática descrita em profundidade. Adotou-se como critérios de inclusão: textos completos e gratuitos; escritos no idioma inglês; com temática sobre MAA ou Osteotomia Le Fort I (OLFI). Excluiu-se: trabalhos publicados em outros idiomas; estudos laboratoriais em animais; temática sem relação com o conteúdo abordado. Como resultado, 146 estudos foram identificados, com seleção de 5 artigos para compor a revisão integrativa. Após a análise, observou-se que a OLFI multissegmentar associada à Osteotomia Sagital Bilateral (OSB) mandibular produziu bons resultados quanto à previsibilidade e estabilidade a longo prazo do tratamento da MAA esquelética. E os principais fatores descritos que interferiram no sucesso dos procedimentos, foram: ortodontia pré-operatória estável; aparelhos cirúrgicos-ortodônticos adequados; presença de intercuspidação posterior; movimentação mandibular precisa; overbite positivo ao final do tratamento; influência da terapia fonoaudióloga. Por fim, a utilização de técnicas cirúrgicas alternativas minimizou a ocorrência de danos teciduais, tornando-os raros ou inexistentes.