Performance de herbicidas pré-emergentes em lavoura comercial de soja, sob palhada de Panicum maximum cv. BRS Tamani

Abstract

RESUMO

A soja é uma das oleaginosas mais produzidas mundialmente e tem a competição com plantas daninhas como um dos principais fatores que afetam negativamente o seu rendimento. O uso de herbicidas pré-emergentes pode ser uma potencial estratégia para supressão de plantas daninhas, especialmente em lavouras com histórico de espécies de difícil controle. Contudo, em áreas de plantio direto esses princípios ativos apresentam diferentes desempenhos em decorrência da palhada. Diante do exposto, objetivou-se monitorar a performance que moléculas e misturas de herbicidas pré-emergentes desempenham diante do aporte de palhada de Panicum maximum cv. BRS Tamani. O experimento foi conduzido em lavoura comercial de soja localizada em Brejo (MA), em delineamento de blocos casualizados, arranjo de faixas, com

8 tratamentos. Os tratamentos consistiram em: testemunha (sem aplicação de herbicida pré- emergente), S-metolacloro + imazetapir, S-metolacloro + fomesafem, S-metolacloro +

diclosulam, imazetapir + diclosulam, imazetapir + flumioxazina, piroxasulfona + flumioxazina e pendimetalina. Avaliaram-se índices fitossociológicos da comunidade infestante, eficiência de controle de plantas daninhas e fechamento do estande da soja. Ao término do estudo, identificaram-se 23 espécies, distribuídas em 22 gêneros e 16 famílias botânicas. Maior parte pertencente à classe das eudicotildôneas (78,2%), com ciclo de vida anual (56,5%) e reprodução sexuada (100%). As espécies Spermacoce verticillata, Cyperus rotundus e Desmondium tortuosum apresentaram os maiores valores de importância, aos 25 dias após a aplicação. Os tratamentos mais seletivos e efetivos no controle de plantas daninhas foram S-metolacloro + fomesafem, S-metolacloro + imazetapir, S-metolacloro + diclosulam e piroxasulfona + flumioxazina.