Autoavaliação sobre cuidado centrado na pessoa no internato de medicina da família em cidade de referência locorregional

Abstract

RESUMO: Introdução: O Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) é tão antigo quanto à medicina. Reemergiu a partir de 1940 frente às vicissitudes da medicina moderna, abordando habilidades, conhecimentos e atitudes relevantes à prática médica. O MCCP não aborda somente a individualização do cuidado e o respeito ao paciente, ele tem aspirações maiores, considerando aspectos objetivos e subjetivos. Metodologia: O estudo é do tipo analítico descritivo transversal com abordagem quantitativa. A amostra é composta por 64 internos de medicina da Universidade Federal do Maranhão – campus Imperatriz que estagiaram no internato da Atenção Primária à Saúde. Utilizado como instrumento a adaptação do questionário validado “Autoavaliação e avaliação da comunicação com as pessoas: avaliação feita pelo especialista” que contempla nove perguntas divididas em três componentes, senda cada componente graduado em escala Likert de quatro respostas. Para análise de dados foi usado o software SPSS na versão 21.0. Foram obedecidas as diretrizes e normas de pesquisa com a elaboração do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: A maioria (84,38%) dos internos da Universidade Federal do Maranhão – campus Imperatriz conhecem o MCCP, enquanto 12,5% já ouviram falar. Apenas 2 internos (3,12%) citaram desconhecê-lo. Quanto ao sexo, 36 (56,25%) são do sexo masculino. O pior desempenho foi no componente 2, cujo objetivo é entender a pessoa em sua totalidade, apresentando média e desvio padrão de 2,53±0,69. O sexo feminino não se destacou quanto ao desempenho na autoavaliação do MCCP durante o estágio da atenção primária à saúde em nenhum componente avaliado. Conclusões: A aplicação do MCCP exige habilidades, atitudes e conhecimentos da habilidade de comunicação na prática médica. Diversas ferramentas do MCCP, quando bem trabalhadas, podem potencializar a qualidade do atendimento médico, independente do sexo ou condições étnicas ou sociais dos acadêmicos.__ABSTRACT: Introduction: The Person-Centered Clinical Method (PCCM) is as old as medicine. Re-emerged from 1940 onwards in the face of the vicissitudes of modern medicine, addressing relevant skills, knowledge, and attitudes from learning to medical practice. The PCCM does not only address the individualization of care and respect for the patient, it considers objective and subjective aspects. Methodology: The present study is exploratory research. It includes quantitative character. The sample is composed of 64 medical interns at the Federal University of Maranhão - Imperatriz campus who trained in the Primary Health Care internship. Which includes 9 questions divided into 3 components, each component being graduated on a Likert scale of responses. To analyze the data used in SPSS software version 21.0. The research guidelines and norms were followed with the elaboration of the Free, Prior and Informed Consent (FPIC). Results: The majority (84.38%) of the medical interns at the Federal University of Maranhão - Imperatriz campus know about the PCCM, while 12.5% have already heard of it. Only 2 medical interns (3.12%) mentioned not knowing it. As for gender, 36 (56.25%) are male. The worst performance was in component 2, which understands the person, mean and standard deviation of 2.53 ± 0.69. The women medical interns do not perform better than men medical interns in the selfevaluation of the application of the PCCM during the stage of primary health care in component 1 (p=0.493), component 2 (p=0.924), component 3 (p=0.842) or overall score (p=0.525). Conclusions: The application of the PCCM requires skills, attitudes, and knowledge of medical practice. Several PCCM tools, when properly worked, can enhance the quality of medical care, regardless of the students' gender, ethnic or social conditions.