Avaliação Física para Identificação de Risco de Doenças Cardiovasculares em Policiais Militares do Batalhão de Polícia de Choque - BPCHOQUE

Abstract

A profissão Policial Militar requer uma atenção especial para a saúde, considerando que esta já tem uma sobrecarga de fatores que torna a atividade como uma das mais estressantes, onde as relações laborais afetam diretamente o bem-estar físico e mental. Esses policiais estão sujeitos ao acometimento de Doenças cardiovasculares (DCV) e outra Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como Síndrome Metabólica (SM) e Obesidade, sendo essas patologias multifatoriais. Vislumbrou-se com este projeto uma Avaliação Física (AF) para a identificação de Risco de Doenças Cardiovasculares (DCV), de caráter anual, devido ao ínterim que os policiais passam sem realizar a Inspeção de Saúde e o TAF, exigências para cursos e promoções. O objetivo desse estudo foi realizar avaliações físicas para que pudéssemos identificar possíveis riscos de DCV em uma amostra de 67 policiais militares, sendo 60 masculinos e 7 do sexo feminino. Através da AF foram mensuradas a massa corporal (Kg); estatura (m), circunferências da cintura e quadril (cm). Foram aplicados questionários como PAR-q, IPAQ e Testes de Fagerstrom e AUDIT, obtivemos como característica da amostra, IMC com maior concentração entre 25,69 e 29,44 kg/m² “Sobrepeso e Obesidade grau1”. O resultado do AUDIT mostrou que 59,7% dos policiais consomem bebida alcoólica, desses 22,5% tem dependência classificada em “Baixa a Moderada”, ou seja, consumo de risco, caracterizando um fator de risco de DCV. Da amostra, 41,79% dos policiais realizaram o último TAF há menos de 12 meses, 32,84% realizaram o TAF entre 24 a 48 meses e 25,37% realizam o TAF há mais de 5 anos. Relação Cintura-Quadril (RCQ) maiores valores entre 0,865 e 0,955, considerados de risco DCV “alto a muito alto”. Procurou-se verificar a relação do IMC com o último TAF, através do Teste Qui-quadrado, teve como resultado o valor-p de 0,0013, é menor que 0,05, significando evidências suficientes para concluir que há uma associação significativa entre a data do último TAF e a classificação do IMC, justificando assim a importância de uma avaliação anual. Identificando precocemente os fatores de risco, a equipe multidisciplinar, poderá intervir com prescrição de exames médicos mais aprofundados e/ou exercícios físicos regulares, desta forma contribuindo para a saúde do Policial Militar.