O genocídio esquecido? invasão belga na África e o ensino de História

Abstract

RESUMO

O presente trabalho, referenciado em revisão bibliográfica, tem a proposta analisar o Congo durante o século XIX que foi palco de um dos episódios mais sombrios da história colonial, sob o domínio pessoal do rei Leopoldo II da Bélgica milhões de congoleses foram escravizados, torturados e morreram para o enriquecimento ínclito de um monarca e a importância de compreender um esse período tão marcante na sala de aulas a partir de diversas obras o fantasma do rei Leopoldo de Adam Hoschchil que retratou a realidade cruel da época, Contudo para compreendermos a extrema pobreza atual desse país e ondas de violência, é necessária uma análise dos processos históricos coloniais e imperialistas, no caso de nosso estudo, principalmente, a partir da Conferência de Berlim que em 1885 reuniu as principais nações europeias a fim de dividir a África, fatiando o território de acordo com seus interesses econômicos. A relação do Congo com o Brasil é histórica e possui muitos laços culturais, ambos os territórios tiveram seu primeiro contato com a Europa, através dos portugueses que na época buscavam ampliar seu território afim de aumentar suas riquezas, O sistema educacional pode atuar sobre diversas perspectivas, uma delas é como um aparato de controle, perpetuando a discriminação cultural e reforçando o domínio de grupos dominantes sobre outros. Isso pode acontecer quando o currículo escolar é baseado em modelos estrangeiros que não levam em conta a diversidade cultural e étnica do país e ignoram ou marginalizam a história e a cultura de alguns grupos, como afro-brasileiros, indígenas e outras minorias. A falta de diversidade nos departamentos educacionais e a falta de políticas inclusivas na escola contribuem para perpetuar a discriminação e o preconceito. Concluirmos não devemos esquecer que o estudo desses eventos também tem um papel crucial na promoção dos direitos humanos e na luta contra a impunidade. Ao conhecer as atrocidades cometidas por Leopoldo II, podemos fortalecer nossa capacidade de denunciar abusos contemporâneos e nos solidarizar com vítimas de violações dos direitos humanos ao redor do mundo.