Avaliação do conhecimento de médicos intensivistas de imperatriz sobre morte encefálica

Abstract

RESUMO: Objetivo: Avaliar o conhecimento de médicos intensivistas de Imperatriz, Maranhão, sobre morte encefálica. Métodos: A pesquisa foi realizada com 23 médicos intensivistas que atuavam em unidades de terapia intensiva dos três hospitais da rede pública do município. Foi aplicado um questionário estruturado, adaptado de estudos prévios, por meio de entrevista pessoal, entre outubro e novembro de 2021. Os dados foram tabulados no programa Microsoft Office Excel® 2019 e importados ao programa de acesso aberto R (R Core Team, 2021) para descrição dos dados numéricos em medianas e intervalos interquartis. A significância estatística definida foi p<0,05. Resultados: Com relação a morte encefálica, 87% definiram corretamente seu conceito, 95,7% demonstraram conhecer a necessidade legal de exame complementar para diagnóstico e 60,9% determinaram corretamente o momento do óbito do paciente em morte encefálica. As medianas dos percentuais de acertos foram maiores entre os participantes que tinham mais tempo de formação, bem como mais tempo de atuação em unidade de terapia intensiva, dados que apresentaram significância estatística (p<0,001). Conclusão: Nem todos os médicos intensivistas responderam adequadamente os questionamentos, sugerindo a realização de cursos de capacitação a esses profissionais, pois, é imprescindível que o médico intensivista domine o conceito de morte encefálica, seja capaz de identificá-la corretamente e de abordar o paciente de forma adequada, segundo os preceitos médicos e legais vigentes no país. Assim, com a implementação dessas ações, teríamos redução do custo relativo do tempo de permanência na unidade de terapia intensiva, especialmente no serviço público.__ABSTRACT: Objective: To evaluate the knowledge of intensive care physicians in Imperatriz, Maranhão, about brain death. Methods: The research was carried out with 23 intensive care physicians who worked in medical units. intensive care at the three public hospitals in the city. A questionnaire was administered structured, adapted from previous studies, through personal interviews, between October and November 2021. The data was tabulated in the Microsoft Office Excel® 2019 program and imported into the open access program R (R Core Team, 2021) to describe the data numerical values ​​in medians and interquartile ranges. The statistical significance defined was p<0.05. Results: Regarding brain death, 87% correctly defined its concept, 95.7% demonstrated that they knew the legal need for a complementary exam for diagnosis and 60.9% correctly determined the moment of death of the brain-dead patient. The medians of the percentages of correct answers were higher among participants who had more time training, as well as more time working in an intensive care unit, data that showed statistical significance (p<0.001). Conclusion: Not all intensive care physicians adequately responded to the questions, suggesting training courses for these professionals, as it is It is essential that the intensive care physician master the concept of brain death, be able to identify it correctly and approach the patient appropriately, according to the precepts medical and legal regulations in force in the country. Thus, with the implementation of these actions, we would have reduced the relative cost of the length of stay in the intensive care unit, especially in public service.