Produção de forragem e comportamento ingestivo de ovelhas em pastejo de capim tamani em monocultivo e consórciado com leguminosas

Abstract

RESUMO

Objetivou-se avaliar a produção de forragem e comportamento ingestivo de ovelhas em pastejo de capim-Tamani em monocultivo e consórciado com feijão Guandu e estilosantes Campo Grande. Utilizou-se delineamento em blocos ao acaso (DBC), sendo três tratamentos distribuídos em três blocos, com quatro repetições dentro do bloco para o pasto e seis repetições para os animais. Os tratamentos consistiram em três modelos de cultivos: monocultivo de capim-Tamani; capim-Tamani em consórcio com feijão guandu e capim Tamani consorciado com estilosantes Campo Grande. Foram utilizadas 18 ovelhas com peso inicial de 31,41 kg±3,90, distribuídas seis animais por tratamento. Foram avaliados, durante o pré e pós-pastejo a produção de forragem para a determinação da produção total de forragem (PTF), produção de folha (PF), produção de material morto (PMM), densidade volumétrica da folha (DVF), densidade populacional de perfilhos (DPP) e Altura no pré e pós pastejo. Em relação ao valor nutritivo foram determinadas os teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), matéria orgânica (MO) e matéria mineral (MM). O comportamento ingestivo foi realizado das 8:00h até 17:00h, através do registro dos tempos em que os animais estavam em pastejo (PAS), ruminação (RUM), outras atividades (OUT), consumo no cocho (COC), bebedouro (BEB), alimentação total (TAT) e taxa de bocado (TxBOC). Houve diferença significativa (p<0,05) para a PFT e PF no pré-pastejo, onde o capim-Tamani em consórcio com estilosantes campo grande apresentou maior média, não havendo diferença dessas variáveis no pós-pastejo. Para as variáveis PMM, DVF e DPP não foi observado diferença significativa (p>0,05), tanto no pré quanto no pós-pastejo do capim-Tamani independente do modelo de cultivo avaliado. Houve efeito (P<0,05) para os teores de MS em relação as formas de cultivo, sendo que, o consórcio de capim-Tamani com estilosantes Campo Grande apresentou maior ter de MS (51,62%) em relação ao monocultivo (39,01%) e o consórcio com feijão Guandu (49,12%). Observou-se que o teor de PB foi superior no pasto em monocultivo (13,42%) e igual para os pastos em consórcio com feijão Guandu (10,74%) e estilosantes Campo Grande (10,17%). Não houve efeito (P>0,05) significativo para os teores das frações fibrosas FDN, FDA, assim como não foi observado diferença para MO e Cinzas. Durante o pré-pastejo e pós-pastejo não houve efeito de interação (P>0,05) entre os sistemas de cultivos e dias de ocupação para o tempo de PAS e RUM e OUT. Para a variável tempo no COC e BEB observou-se efeito significativo (p<0,05) no pós-pastejo do consórcio com estilosantes Campo Grande. Para o TAT observou-se efeito (p<0,05) isolado para o dia de ocupação no pré-pastejo no monocultivo do capim-Tamani. Houve efeito de interação (p<0,05) para Tx BOC, onde no pré-pastejo o consórcio com estilosantes apresentou maior média (222,50 seg) e no pós-pastejo a maior média (216,36 seg) foi no monocultivo. A associação do capim-Tamani e estilosantes Campo Grande mostrou ser uma alternativa viável, onde obteve incremento na produção total de forragem e no teor de matéria seca, que por sua vez influenciou o comportamento ingestivo das ovelhas em pastejo como, tempo de consumo no cocho, tempo no bebedouro e taxa de bocados.