Níveis de triptofano digestível na dieta de tambatinga de 20 a 100 gramas, sobre deposições corporais e eficiência de retenção de nitrogênio

Abstract

RESUMO

Objetivou-se avaliar os efeitos dos níveis dietéticos de triptofano digestível sobre deposições corporais e eficiência de retenção de nitrogênio corporal de tambatinga com peso de 20 a 100 gramas. Foram utilizados 350 juvenis, com peso médio inicial de 27,74 ± 0,42 g, em experimento com delineamento inteiramente casualizado, composto por sete tratamentos, com cinco repetições por tratamento e dez peixes por unidade experimental. Os tratamentos foram constituídos de seis rações experimentais com diferentes níveis de

triptofano digestível (0,250; 0,275; 0,300; 0,325; 0,350; e 0,375%) formuladas utilizando- se a técnica da “diluição de dietas”. Para a dieta controle, adicionou-se um tratamento

constituído do menor nível avaliado (0,250%) acrescido de 0,051% de L-triptofano (0,300%). Os peixes foram distribuídos e alimentados à vontade seis vezes ao dia, durante 55 dias ininterruptos. Observou-se que os animais alimentados com a dieta controle (0,300%) apresentaram maiores deposições de proteína corporal e eficiência de retenção de nitrogênio em relação aos alimentados com a ração contendo o menor nível de triptofano avaliado (0,250%). A elevação dos níveis de triptofano digestível aumentou de forma quadrática as deposições de umidade e proteína corporal até os níveis estimados de 0,318% e 0,326% de triptofano digestível, respectivamente. Para a eficiência de retenção de nitrogênio houve redução de forma quadrática até o nível estimado de 0,293% de triptofano digestível. Já para a deposição de gordura corporal, o aumento dos níveis de triptofano digestível nas dietas proporcionou redução de forma linear. Conclui-se que a recomendação do nível de triptofano digestível em rações para tambatinga na fase entre 20 e 100 g é de 0,326%, correspondendo a 0,352% de triptofano total, por proporcionar maior deposição de proteína corporal.